Presidente russo afirmou que enviará funcionário do governo ao encontro de novembro
©Daniel Rittner da CNN , Moscou
Porto Velho, RO - O presidente russo Vladimir Putin confirmou à CNN Brasil que não irá à cúpula do G20, que será realizada no Rio de Janeiro em novembro.
Putin é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por supostos crimes de guerra durante a operação russa na Ucrânia. O Brasil é signatário do Tratado de Roma, e seria obrigado a respeitar a decisão do TPI e prender o líder russo no momento em que ele chegasse ao solo brasileiro.
O procurador-geral ucraniano, Andriy Kostin, inclusive, fez um apelo na semana passada para que o Brasil prendesse Vladimir Putin caso ele viesse ao encontro.
“Tenho uma relação amigável com Lula. Eu iria lá de propósito? Para violar a operação desse fórum? Para arruinar o fórum?”, indagou.
“Por que faríamos isso? Somos adultos. Vamos achar uma pessoa na Rússia que possa representar os interesses da Rússia no Brasil”, adicionou.
Ainda assim, Vladimir Putin afirma que seria possível desenvolver soluções diplomáticas para evitar qualquer prisão do líder russo a partir de um acordo formal entre os dois governos. E questionou a legitimidade do Tribunal, criado em 2002.
“O respeito por uma entidade que não é universal ou independente é muito baixo”, avaliou.
A CNN Brasil foi o único veículo de imprensa das Américas presente no encontro com o líder russo.
A entrevista ocorre nas vésperas da cúpula dos Brics, que ocorre em Kazan, na Rússia.
Ainda durante a entrevista, Putin avaliou que os países dos Brics devem crescer mais rápido do que os do G7. E que os Brics assumirão um papel cada vez maior no comércio global.
“O mercado internacional não pode sobreviver sem os Brics, inclusive em tecnologia, como a inteligência Artificial. Essa é a mudança mais tangível. Isso é natural. O mundo muda sempre. Os novos líderes emergem”, disse Putin.
“O Brics não é contra ninguém. O Brics não é um grupo antiocidente. É apenas um grupo não-ocidental”, afirmou o líder russo.
Segundo Putin, mais de 30 países demonstraram interesse em se aliar ao bloco. Para a atual presidência rotativa do bloco, a ampliação seria bem-vinda, desde que guiada por princípios pré-acordados.
“Atualmente, estamos trabalhando em uma nova categoria de ‘Parceiros dos Brics’. Precisamos de um consenso: seremos muito cuidadosos ao sermos guiados por dois princípios. primeiro, multilateralismo. em segundo, a eficiência da organização. Ao expandir o numero de países, não deveríamos perder a agilidade do bloco. É isso que guiará nossos próximos passos”, disse.
©Daniel Rittner da CNN , Moscou
Porto Velho, RO - O presidente russo Vladimir Putin confirmou à CNN Brasil que não irá à cúpula do G20, que será realizada no Rio de Janeiro em novembro.
Putin é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por supostos crimes de guerra durante a operação russa na Ucrânia. O Brasil é signatário do Tratado de Roma, e seria obrigado a respeitar a decisão do TPI e prender o líder russo no momento em que ele chegasse ao solo brasileiro.
O procurador-geral ucraniano, Andriy Kostin, inclusive, fez um apelo na semana passada para que o Brasil prendesse Vladimir Putin caso ele viesse ao encontro.
“Tenho uma relação amigável com Lula. Eu iria lá de propósito? Para violar a operação desse fórum? Para arruinar o fórum?”, indagou.
Veja o vídeo abaixo:
“Por que faríamos isso? Somos adultos. Vamos achar uma pessoa na Rússia que possa representar os interesses da Rússia no Brasil”, adicionou.
Ainda assim, Vladimir Putin afirma que seria possível desenvolver soluções diplomáticas para evitar qualquer prisão do líder russo a partir de um acordo formal entre os dois governos. E questionou a legitimidade do Tribunal, criado em 2002.
“O respeito por uma entidade que não é universal ou independente é muito baixo”, avaliou.
A CNN Brasil foi o único veículo de imprensa das Américas presente no encontro com o líder russo.
A entrevista ocorre nas vésperas da cúpula dos Brics, que ocorre em Kazan, na Rússia.
Ainda durante a entrevista, Putin avaliou que os países dos Brics devem crescer mais rápido do que os do G7. E que os Brics assumirão um papel cada vez maior no comércio global.
“O mercado internacional não pode sobreviver sem os Brics, inclusive em tecnologia, como a inteligência Artificial. Essa é a mudança mais tangível. Isso é natural. O mundo muda sempre. Os novos líderes emergem”, disse Putin.
“O Brics não é contra ninguém. O Brics não é um grupo antiocidente. É apenas um grupo não-ocidental”, afirmou o líder russo.
Segundo Putin, mais de 30 países demonstraram interesse em se aliar ao bloco. Para a atual presidência rotativa do bloco, a ampliação seria bem-vinda, desde que guiada por princípios pré-acordados.
“Atualmente, estamos trabalhando em uma nova categoria de ‘Parceiros dos Brics’. Precisamos de um consenso: seremos muito cuidadosos ao sermos guiados por dois princípios. primeiro, multilateralismo. em segundo, a eficiência da organização. Ao expandir o numero de países, não deveríamos perder a agilidade do bloco. É isso que guiará nossos próximos passos”, disse.
Cúpula dos Brics
A próxima Cúpula dos Brics, bloco que reúne países emergentes, incluindo o Brasil, será realizada entre os dias 22 e 24 de outubro, em Kazan, na Rússia.
O país comandado por Vladimir Putin é o atual presidente do bloco.
De acordo com o Itamaraty, os avanços nas negociações para adotar uma moeda alternativa ao dólar nas trocas comerciais entre os integrantes do bloco e a criação de uma categoria de “países parceiros” devem ser discutidas no encontro.
Assuntos como a guerra no Oriente Médio também devem ser abordados. Entretanto, o conflito na Ucrânia não estava na pauta.
A Cúpula deste ano será a primeira a contar com a presença dos novos integrantes permanentes, admitidos em 2023: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia.
A próxima Cúpula dos Brics, bloco que reúne países emergentes, incluindo o Brasil, será realizada entre os dias 22 e 24 de outubro, em Kazan, na Rússia.
O país comandado por Vladimir Putin é o atual presidente do bloco.
De acordo com o Itamaraty, os avanços nas negociações para adotar uma moeda alternativa ao dólar nas trocas comerciais entre os integrantes do bloco e a criação de uma categoria de “países parceiros” devem ser discutidas no encontro.
Assuntos como a guerra no Oriente Médio também devem ser abordados. Entretanto, o conflito na Ucrânia não estava na pauta.
A Cúpula deste ano será a primeira a contar com a presença dos novos integrantes permanentes, admitidos em 2023: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia.
Fonte: CNN Brasil
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Mundo