Nick Pickles há mais de dez anos era o responsável por fazer a interlocução da plataforma com agências regulatórias do mundo inteiro. Empresa foi suspensa no Brasil pelo STF e vê ampliar escrutínio em outros países
Porto Velho, Rondônia - Em meio ao embate que enfrenta no Brasil com a determinação do Supremo Tribunal Federal de impedir o uso da plataforma no país, o X (ex-Twitter) perdeu nesta sexta-feira um de seus principais executivos. O vice-presidente de Assuntos Globais da empresa, Nick Pickles, pediu a renúncia do cargo.
Em uma postagem no X, Pickles, que nos últimos anos, desde antes de Elon Musk comprar a plataforma, atuava na interlocução da empresa com autoridades regulatórias, governos e parlamentares do mundo inteiro, afirmou que a decisão foi tomada há vários meses. Segundo Pickles, ele estava fazendo uma transição e já planejava sair do cargo.
O executivo agradeceu à CEO do X, Linda Yaccarino, pelo apoio e afirmou que “após mais de dez anos, amanhã será meu último dia no X". "Foi uma jornada incrível", escreveu no post.
Pickles ingressou no X em Londres em 2014 e era um dos poucos executivos seniores a permanecer na empresa depois que Musk comprou a plataforma, em 2022, por US$ 44 bilhões. Ele é um nome conhecido por governos ao redor do mundo e representou a plataforma em negociações com autoridades públicas nos últimos anos.
Desinformação
Depois da aquisição por Musk do então Twitter, que ele rebatizou de X, vários executivos foram demitidos, assim como centenas de funcionários da empresa, inclusive os responsáveis pela moderação de conteúdo.
O escrutínio sobre o X se intensificou desde a aquisição por Musk em 2022, especialmente após o empresário demitir milhares de pessoas, incluindo muitas envolvidas em comunicação e no combate à desinformação na plataforma.
Ex-fotógrafo, Pickles, que tem 40 anos, era gerente sênior de Políticas Públicas do X e foi promovido a vice-presidente de Assuntos Governamentais globais em julho de 2023. Ele era considerado o braço direito da CEO Linda Yaccarino, que enfrentava forte pressão para melhorar as finanças da empresa e reconquistar anunciantes.
Apesar de citar que estava trabalhando com Yaccarino "durante a transição", Pickles não revelou seus próximos passos, nem nomeou um sucessor.
Nos últimos meses, o X enfrentou pedidos de remoção de conteúdo por vários governos, incluindo Turquia, Índia e Austrália. A plataforma entrou em conflito com o governo australiano por ter exibido imagens de um ataque a facadas em Sydney.
Cerco de reguladores europeus
Nesta semana, a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda anunciou que o X acatou a determinação da corte de Justiça superior do país e vai parar de usar dados pessoais de usuários europeus para treinar seu chatbot de inteligência artificial, Grok. A ação judicial ocorreu na Irlanda porque o país é a sede da empresa em território da União Europeia.
No Brasil, o ministro do STF Alexandre de Moares determinou a suspensão da rede social, após o X não cumprir ordens judiciais para bloqueio de contas na plataforma. O país é o sexto mercado para a empresa em número de usuários, mas a receita com publicidade é pequena.
A receita anual do X (antigo Twitter) variava entre US$ 80 e US$ 100 milhões no Brasil, considerando até 2021, último ano completo antes de Musk ter comprado a empresa. Isso correspondia a 2% das vendas totais da companhia, segundo a Bloomberg.
Fonte: O GLOBO
Nick Pickles durante uma audiência do Comitê de Comércio, Ciência e Transportes do Senado americano em Washington em 2019 — Foto: Andrew Harrer/Bloomberg
Em uma postagem no X, Pickles, que nos últimos anos, desde antes de Elon Musk comprar a plataforma, atuava na interlocução da empresa com autoridades regulatórias, governos e parlamentares do mundo inteiro, afirmou que a decisão foi tomada há vários meses. Segundo Pickles, ele estava fazendo uma transição e já planejava sair do cargo.
O executivo agradeceu à CEO do X, Linda Yaccarino, pelo apoio e afirmou que “após mais de dez anos, amanhã será meu último dia no X". "Foi uma jornada incrível", escreveu no post.
Pickles ingressou no X em Londres em 2014 e era um dos poucos executivos seniores a permanecer na empresa depois que Musk comprou a plataforma, em 2022, por US$ 44 bilhões. Ele é um nome conhecido por governos ao redor do mundo e representou a plataforma em negociações com autoridades públicas nos últimos anos.
Desinformação
Depois da aquisição por Musk do então Twitter, que ele rebatizou de X, vários executivos foram demitidos, assim como centenas de funcionários da empresa, inclusive os responsáveis pela moderação de conteúdo.
O escrutínio sobre o X se intensificou desde a aquisição por Musk em 2022, especialmente após o empresário demitir milhares de pessoas, incluindo muitas envolvidas em comunicação e no combate à desinformação na plataforma.
Ex-fotógrafo, Pickles, que tem 40 anos, era gerente sênior de Políticas Públicas do X e foi promovido a vice-presidente de Assuntos Governamentais globais em julho de 2023. Ele era considerado o braço direito da CEO Linda Yaccarino, que enfrentava forte pressão para melhorar as finanças da empresa e reconquistar anunciantes.
Apesar de citar que estava trabalhando com Yaccarino "durante a transição", Pickles não revelou seus próximos passos, nem nomeou um sucessor.
Nos últimos meses, o X enfrentou pedidos de remoção de conteúdo por vários governos, incluindo Turquia, Índia e Austrália. A plataforma entrou em conflito com o governo australiano por ter exibido imagens de um ataque a facadas em Sydney.
Cerco de reguladores europeus
Nesta semana, a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda anunciou que o X acatou a determinação da corte de Justiça superior do país e vai parar de usar dados pessoais de usuários europeus para treinar seu chatbot de inteligência artificial, Grok. A ação judicial ocorreu na Irlanda porque o país é a sede da empresa em território da União Europeia.
No Brasil, o ministro do STF Alexandre de Moares determinou a suspensão da rede social, após o X não cumprir ordens judiciais para bloqueio de contas na plataforma. O país é o sexto mercado para a empresa em número de usuários, mas a receita com publicidade é pequena.
A receita anual do X (antigo Twitter) variava entre US$ 80 e US$ 100 milhões no Brasil, considerando até 2021, último ano completo antes de Musk ter comprado a empresa. Isso correspondia a 2% das vendas totais da companhia, segundo a Bloomberg.
Fonte: O GLOBO
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