Fãs de advogada presa protestam na frente de penitenciárias pela liberação dela e da mãe
Porto Velho, Rondônia - Daniele Bezerra, irmã da influenciadora Deolane Bezerra, negou que sua família tenha pago para que fãs permaneçam na porta de presídios protestando pela liberação da investigada. Em resposta à publicação sobre o tema, Daniele alegou que isso teria acontecido somente uma vez, quando uma outra irmã, Dayanne Bezerra, entregou R$ 300 a uma mulher que reclamou de fome.
O pronunciamento de Daniele veio nos comentários de um post feito pelo jornalista Léo Dias, que mencionava o habeas corpus negado para Deolane pela Justiça de Pernambuco. A decisão judicial menciona supostos pagamentos das irmãs da investigada para pessoas ficarem nos arredores das unidades prisionais.
"O financiamento de manifestantes, por iniciativa de familiares da paciente (Deolane)" na frente da Colônia Penal Feminina do Recife, onde ela ficou presa pela primeira vez, justificaria transferência dela para um novo presídio em Buíque, no Agreste de Pernambuco. A decisão ainda sustenta que o pagamento para a realização de protestos "demonstra a total inconveniência da permanência da paciente em suas instalações, justificando o seu encarceramento em Buíque".
Em resposta às acusações, Daniele disse que a família não costumava financiar os apoiadores da influenciadora em Recife e que isso teria acontecido somente uma vez. "Houve apenas uma situação que uma moça que estava lá há 4 dias e com muita fome, queria ir embora e não tinha como comer", afirmou ela. Nessa ocasião, a irmã, Dayanne, teria dado R$ 300 para a mulher ir embora "por questão de humanidade". Ela também afirmou que a família ainda também não foi até a nova penitenciária.
Daniele Bezerra rebate alegações de que a família financia apoiadores na frente dos presídios — Foto: Reprodução
Isolada em presídio superlotado
Alvo de uma investigação que envolve as casas de apostas Esportes da Sorte e Vai de Bet, além do jogo do bicho, Deolane Bezerra foi presa novamente e acabou sendo transferida para a Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB) nesta terça-feira. A unidade prisional fica no agreste pernambucano, a aproximadamente 280 km da capital do estado. Apesar de estar em boas condições, o presídio está superlotado com pouco mais que o dobro da capacidade. Ao todo, a cadeia pode acolher até 107 prisioneiras.
Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que, atualmente, a CPFB tem 228 mulheres presas. Do total, quatro são gestantes. A última inspeção, realizada em agosto deste ano, classificou como "boas" as condições do local.
Por se tratar de um caso de repercussão nacional, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) de Pernambuco informou que Deolane está em cela reservada "para resguardar a sua integridade física".
Por que Deolane voltou a ser presa?
Em nota enviada ao GLOBO, a Assessoria de Comunicação do TJPE informou nesta terça-feira que "a investigada Deolane Bezerra Santos teve sua prisão preventiva decretada por descumprimento de medida cautelar estabelecida em acórdão do Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco, nesta quarta-feira (10), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano".
Ao deixar o presídio, carregada por populares que a esperavam do lado de fora, Deolane falou em um microfone da imprensa “Foi uma prisão criminosa”, afirmou a influenciadora, enquanto atravessava a multidão que se deslocou para o portão da unidade prisional após o anúncio do habeas corpus.
A declaração viola uma das determinações judiciais impostas pelo desembargador do caso. O magistrado ordenou que, com a soltura, a influenciadora não poderia se manifestar nas redes sociais ou na imprensa, além de outras medidas cautelares estabelecidas pela Justiça, como:
Fonte: O GLOBO
Da esquerda para a direita: as irmãs Dayanne Bezerra, Deolane Bezerra e Daniele Bezerra — Foto: Reprodução/Instagram
Porto Velho, Rondônia - Daniele Bezerra, irmã da influenciadora Deolane Bezerra, negou que sua família tenha pago para que fãs permaneçam na porta de presídios protestando pela liberação da investigada. Em resposta à publicação sobre o tema, Daniele alegou que isso teria acontecido somente uma vez, quando uma outra irmã, Dayanne Bezerra, entregou R$ 300 a uma mulher que reclamou de fome.
O pronunciamento de Daniele veio nos comentários de um post feito pelo jornalista Léo Dias, que mencionava o habeas corpus negado para Deolane pela Justiça de Pernambuco. A decisão judicial menciona supostos pagamentos das irmãs da investigada para pessoas ficarem nos arredores das unidades prisionais.
"O financiamento de manifestantes, por iniciativa de familiares da paciente (Deolane)" na frente da Colônia Penal Feminina do Recife, onde ela ficou presa pela primeira vez, justificaria transferência dela para um novo presídio em Buíque, no Agreste de Pernambuco. A decisão ainda sustenta que o pagamento para a realização de protestos "demonstra a total inconveniência da permanência da paciente em suas instalações, justificando o seu encarceramento em Buíque".
Em resposta às acusações, Daniele disse que a família não costumava financiar os apoiadores da influenciadora em Recife e que isso teria acontecido somente uma vez. "Houve apenas uma situação que uma moça que estava lá há 4 dias e com muita fome, queria ir embora e não tinha como comer", afirmou ela. Nessa ocasião, a irmã, Dayanne, teria dado R$ 300 para a mulher ir embora "por questão de humanidade". Ela também afirmou que a família ainda também não foi até a nova penitenciária.
Daniele Bezerra rebate alegações de que a família financia apoiadores na frente dos presídios — Foto: Reprodução
Isolada em presídio superlotado
Alvo de uma investigação que envolve as casas de apostas Esportes da Sorte e Vai de Bet, além do jogo do bicho, Deolane Bezerra foi presa novamente e acabou sendo transferida para a Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB) nesta terça-feira. A unidade prisional fica no agreste pernambucano, a aproximadamente 280 km da capital do estado. Apesar de estar em boas condições, o presídio está superlotado com pouco mais que o dobro da capacidade. Ao todo, a cadeia pode acolher até 107 prisioneiras.
Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que, atualmente, a CPFB tem 228 mulheres presas. Do total, quatro são gestantes. A última inspeção, realizada em agosto deste ano, classificou como "boas" as condições do local.
Por se tratar de um caso de repercussão nacional, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) de Pernambuco informou que Deolane está em cela reservada "para resguardar a sua integridade física".
Por que Deolane voltou a ser presa?
Em nota enviada ao GLOBO, a Assessoria de Comunicação do TJPE informou nesta terça-feira que "a investigada Deolane Bezerra Santos teve sua prisão preventiva decretada por descumprimento de medida cautelar estabelecida em acórdão do Egrégio Tribunal de Justiça de Pernambuco, nesta quarta-feira (10), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano".
Ao deixar o presídio, carregada por populares que a esperavam do lado de fora, Deolane falou em um microfone da imprensa “Foi uma prisão criminosa”, afirmou a influenciadora, enquanto atravessava a multidão que se deslocou para o portão da unidade prisional após o anúncio do habeas corpus.
A declaração viola uma das determinações judiciais impostas pelo desembargador do caso. O magistrado ordenou que, com a soltura, a influenciadora não poderia se manifestar nas redes sociais ou na imprensa, além de outras medidas cautelares estabelecidas pela Justiça, como:
- Uso de tornozeleira eletrônica;
- Permanência em casa, inclusive aos fins de semana;
- Não manter contato com os demais investigados.
Fonte: O GLOBO
Tags:
Brasil