Vítima denunciou violência ao ser levada a um hospital da região de Glogow pelo agressor, que havia deslocado o ombro dela
Porto Velho, Rondônia - Uma mulher polonesa de 30 anos conseguiu se livrar de um agressor que acusa tê-la mantido em cárcere privado durante quatro anos, sob tortura, numa vila da cidade de Glogow, no oeste do país europeu. Identificada apenas pelo primeiro nome, Malgorzata diz ter conhecido o suspeito pela internet, em 2019, quando começaram um relacionamento. Mateusz Jach, de 35 anos, teve prisão preventiva solicitada pelas autoridades.
As violências sofridas por Malgorzata foram descobertas após a última entrada da polonesa em um hospital da região, por conta de um deslocamento de ombro causado pelo agressor, em 27 de agosto. Ferida, ela decidiu denunciar o homem na unidade hospitalar, onde já foi internada outras vezes por ele para realizar cirurgia em um ferimento no ânus e tratar outras duas fraturas, em um braço e uma perna.
— Eu não podia contra a verdade aos médicos antes, tinha medo, ele me ameaçava dizendo que se eu reclamasse seria ainda pior — relatou a mulher ao site de notícias My Glogow.
Malgorzata saiu poucas vezes do pequeno cômodo onde era mantida em cárcere há mais de 4 anos. Nas vezes em que precisou ser retirada do local, foi vendada. Uma das saídas aconteceu quando a polonesa engravidou, em 2021, e entrou em trabalho de parto. Segundo a mulher, Jach a levou para um hospital na cidade de Nowa Sól e a criança foi colocada para adoção.
— Ele me colocava um capuz para que eu não visse onde morávamos, quando me levava ao hospital. Fazia o mesmo quando me levava para me lavar à noite. Às vezes, ele apenas me molhava com uma mangueira, mas se eu fosse obediente, ganhava água quente — conta Malgorzata.
Em relato a uma repórter do site polonês My Glogow, a vítima relata que decidiu denunciar o horror que vivia por medo de não ter outra chance. Entre as violências sofridas pela mulher, estão lacerações físicas e ameaças
— Eu não atendi às expectativas sexuais dele. E isso acontecia com muita frequência ultimamente. Nessas ocasiões, eu era espancada e não recebia comida. Ele só me alimentava melhor quando eu já não tinha forças e sentia dor no peito. Acho que ele tinha medo de que eu morresse — diz a mulher.
Aplicativo de relacionamento e propriedade familiar
Malzorgata e Jach se conheceram em um aplicativo de relacionamento, em 2019. Segundo a imprensa polonesa, eles decidiram marcar um encontro pouco tempo depois. A mulher, que é de Leszno, foi ao encontro de Jach. Ao chegar no local, diz ter sido colocada em um tipo de despensa ou celeiro na propriedade dos pais do suspeito, que alegam não ter percebido o cárcere.
Mãe do suspeito, Zofia Jach afirma que não imaginava que houvesse uma pessoa presa a poucos metros de distância, no quintal de seu imóvel.
— Não ouvimos nada, não vimos nada — diz a mulher.
Segundo a imprensa polonesa, o local onde a mulher foi mantida ficava a 4 metros de distância do chiqueiro, tinha paredes espessas feitas de pedras antigas e não tinha janelas. Além disso, as autoridades não descartam que o cômodo tenha sido isolado acusticamente por dentro.
Mateusz Jach, segundo a mídia local, era pouco conhecido pelos vizinhos e demais moradores da cidade onde morava. Ele evitava contato com as pessoas, não trabalhava e depende dos pais para sobreviver.
Acusado, o homem pode responder pelos crimes de tortura e privação de liberdade, segundo Marcin Knurowski, vice-promotor distrital de Glogow.
Fonte: O GLOBO
Mulher diz ter sido mantida como ‘escrava sexual’ durante mais de 4 anos por homem que conheceu pela internet, na Polônia — Foto: Reprodução/My Glogow
Porto Velho, Rondônia - Uma mulher polonesa de 30 anos conseguiu se livrar de um agressor que acusa tê-la mantido em cárcere privado durante quatro anos, sob tortura, numa vila da cidade de Glogow, no oeste do país europeu. Identificada apenas pelo primeiro nome, Malgorzata diz ter conhecido o suspeito pela internet, em 2019, quando começaram um relacionamento. Mateusz Jach, de 35 anos, teve prisão preventiva solicitada pelas autoridades.
As violências sofridas por Malgorzata foram descobertas após a última entrada da polonesa em um hospital da região, por conta de um deslocamento de ombro causado pelo agressor, em 27 de agosto. Ferida, ela decidiu denunciar o homem na unidade hospitalar, onde já foi internada outras vezes por ele para realizar cirurgia em um ferimento no ânus e tratar outras duas fraturas, em um braço e uma perna.
— Eu não podia contra a verdade aos médicos antes, tinha medo, ele me ameaçava dizendo que se eu reclamasse seria ainda pior — relatou a mulher ao site de notícias My Glogow.
Malgorzata saiu poucas vezes do pequeno cômodo onde era mantida em cárcere há mais de 4 anos. Nas vezes em que precisou ser retirada do local, foi vendada. Uma das saídas aconteceu quando a polonesa engravidou, em 2021, e entrou em trabalho de parto. Segundo a mulher, Jach a levou para um hospital na cidade de Nowa Sól e a criança foi colocada para adoção.
— Ele me colocava um capuz para que eu não visse onde morávamos, quando me levava ao hospital. Fazia o mesmo quando me levava para me lavar à noite. Às vezes, ele apenas me molhava com uma mangueira, mas se eu fosse obediente, ganhava água quente — conta Malgorzata.
Em relato a uma repórter do site polonês My Glogow, a vítima relata que decidiu denunciar o horror que vivia por medo de não ter outra chance. Entre as violências sofridas pela mulher, estão lacerações físicas e ameaças
— Eu não atendi às expectativas sexuais dele. E isso acontecia com muita frequência ultimamente. Nessas ocasiões, eu era espancada e não recebia comida. Ele só me alimentava melhor quando eu já não tinha forças e sentia dor no peito. Acho que ele tinha medo de que eu morresse — diz a mulher.
Aplicativo de relacionamento e propriedade familiar
Malzorgata e Jach se conheceram em um aplicativo de relacionamento, em 2019. Segundo a imprensa polonesa, eles decidiram marcar um encontro pouco tempo depois. A mulher, que é de Leszno, foi ao encontro de Jach. Ao chegar no local, diz ter sido colocada em um tipo de despensa ou celeiro na propriedade dos pais do suspeito, que alegam não ter percebido o cárcere.
Mãe do suspeito, Zofia Jach afirma que não imaginava que houvesse uma pessoa presa a poucos metros de distância, no quintal de seu imóvel.
— Não ouvimos nada, não vimos nada — diz a mulher.
Segundo a imprensa polonesa, o local onde a mulher foi mantida ficava a 4 metros de distância do chiqueiro, tinha paredes espessas feitas de pedras antigas e não tinha janelas. Além disso, as autoridades não descartam que o cômodo tenha sido isolado acusticamente por dentro.
Mateusz Jach, segundo a mídia local, era pouco conhecido pelos vizinhos e demais moradores da cidade onde morava. Ele evitava contato com as pessoas, não trabalhava e depende dos pais para sobreviver.
Acusado, o homem pode responder pelos crimes de tortura e privação de liberdade, segundo Marcin Knurowski, vice-promotor distrital de Glogow.
Fonte: O GLOBO
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