Processo foi questionado no STF pelo PT, que apontou falta de competitividade

Processo foi questionado no STF pelo PT, que apontou falta de competitividade

Processo foi questionado no STF pelo PT, que apontou falta de competitividade

Porto Velho, Rondônia - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, deu um prazo de 24 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentarem pareceres em uma ação na qual o PT questiona a lei que autorizou a privatização da Sabesp.

Barroso justificou o "prazo excepcional" de apenas 24h devido à "urgência da matéria". A previsão é que o processo de privatização seja concluído no dia 22 de julho. O relator do processo é o ministro Zanin, mas o presidente do STF está analisando questões urgentes durante o recesso judiciário, no mês de julho.

Na ação, o PT alega que a lei estadual que possibilitou a privatização e atos do Conselho de Administração da Sabesp e do Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização descumpriram princípios como o da competitividade e da economicidade.

Um dos pontos levantados é o fato de apenas uma empresa ter apresentado proposta ao leilão, e que o preço oferecido por ação (R$ 67) seria abaixo do mercado.

"Todos os atos administrativos relativos ao processo de alienação das ações da SABESP, que ocorre por meio de leilão com a participação de único concorrente com oferta significativamente abaixo do preço de mercado, em que adquirirá as ações por um valor de R$ 67,00 por ação, violam o princípio da igualdade em frustação ao princípio da competitividade e ao princípio da eficiência em relação à economicidade", alegou o partido.

Na ação, o partido argumenta que o governo paulista incluiu normas muito rígidas, dificultando a concorrência e, por isso, a Aegea, uma das maiores operadoras de saneamento do país desistiu na reta final do processo. Segundo fontes a par da decisão, a cláusula que impede que o acionista de referência aumente sua posição nas ações da Sabesp foi determinante para que a Aegea ficasse de fora da disputa.

O partido sustenta ainda que o preço mínimo definido pelo edital está sob sigilo e será divulgado somente após a venda das ações, na próxima segunda-feira.

“Ao não divulgar o valor mínimo e aceitar o preço ofertado afirmando como superior a esse mínimo, o governo estadual favoreceu inequivocamente o único competidor na disputa para ser acionista de referência e comandar a gestão da Sabesp”, afirma o PT na ação.

Outra ação semelhante foi apresentada por PSOL, Rede, PV, PT e PCdoB, contra a assinatura de um novo contrato de concessão da prefeitura de São Paulo com a Sabesp. O vice-presidente do STF, Edson Fachin, que estava responsável pelo plantão, também intimou AGU e PGR, além da Procuradoria-Geral do estado de São Paulo e da própria Sabesp.


Fonte: O GLOBO

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