PF finaliza relatório do inquérito das joias de Bolsonaro

PF finaliza relatório do inquérito das joias de Bolsonaro

Conclusão da investigação deve ser enviada em breve ao Supremo Tribunal Federal

Porto Velho, Rondônia - A Polícia Federal está finalizando o relatório do inquérito sobre a venda e a recompra de presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em viagens oficiais. O documento deverá ser enviado em breve ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além da suposta participação de Bolsonaro no esquema, a PF apura também se também houve o envolvimento de aliados do ex-presidente, como os advogados Frederick Wassef e Fabio Wajngarten, e os ex-assessores Mauro Cid e Marcelo Câmara.

A PF aponta a existência de uma organização criminosa no entorno de Bolsonaro que supostamente atuou para desviar joias, relógios, esculturas e outros itens de luxo recebidos por ele como representante do Estado brasileiro.

Joias recebidas por Jair Bolsonaro da Arábia Saudita — Foto: Arte O Globo

Em depoimento à PF, no ano passado, Wassef já havia informado ser de Wajngarten o pedido para operacionalização da recompra de um Rolex dado a Bolsonaro por autoridades durante uma visita à Arábia Saudita e ao Catar, em 2019.

O item foi posteriormente levado à joalheira Precision Watches, na cidade de Willow Grove, na Pensilvânia, onde foi vendido ilegalmente por Mauro Cid, de acordo com as investigações.

No acordo de cooperação internacional firmado com o Federal Bureau of Investigation (FBI), o Departamento Federal de Investigação, inclusive, a PF recebeu uma troca de emails que mostra Cid informando a loja americana sobre a recompra do relógio que seria feita por Wassef.

Ao comparecer à PF para prestar depoimento sobre o caso, Bolsonaro optou por ficar em silêncio. Em outras ocasiões, o ex-presidente negou ter ordenado ou participado de negociações sobre as joias.

Também à PF, Wassef confirmou ter recomprado o relógio e Câmara também optou por ficar em silêncio. Cid firmou um acordo de colaboração premiada em que dá detalhes do suposto esquema. Já Wajngarten informou à imprensa ter atuado tão somente na área de comunicação.


Fonte: O GLOBO

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