Marinha lança pela 1ª vez drone a partir de navio enviado para ajudar população do Rio Grande do Sul; vídeo

Marinha lança pela 1ª vez drone a partir de navio enviado para ajudar população do Rio Grande do Sul; vídeo

Conheça o equipamento, inovador no Brasil, capaz de realizar missões de vigilância, reconhecimento e coleta de dados com alta precisão

Porto Velho, Rondônia - Atracado no Porto de Rio Grande para ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico” lançou pela primeira vez um drone do convés da embarcação. Chamado Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP), a aeronave está sendo usada para identificar a situação dos locais mais afetados pelas chuvas.

Durante a ação, foram observadas regiões como a Lagoa dos Patos, a Ilha dos Marinheiros e toda área da costa. Todas as imagens captadas são transmitidas simultaneamente para a equipe em terra na Força Naval Componente do 5o Distrito Naval, em Rio Grande, que faz parte do Comando Conjunto da Operação “Taquari 2”.

Segundo a Marinha do Brasil, o drone tem capacidade de realizar missões de vigilância, reconhecimento e coleta de dados com alta precisão. O alcance máximo é de 54 milhas náuticas (aproximadamente 100 km) de distância do navio-base e 13 horas de autonomia.

O equipamento, considerado de baixo custo, recebe até oito litros de combustível, tem 3,1 metros de envergadura e possui uma câmera eletro-ótica com um zoom que aproxima em até 171 vezes. Isso significa que, sobrevoando a dois mil pés de altitude, o sistema é capaz de registrar a imagem da placa de um veículo, por exemplo.

O material para fazer o lançamento do drone inclui o lançador, a estação de controle e o sistema de recolhimento. O processo de retorno da aeronave ocorre a partir da redução da velocidade, até que ela seja capturada de volta na embarcação.

NAM Atlântico:Ministro da Defesa visita maior navio de guerra da América Latina — Foto: Divulgação Marinha do Brasil

Conheça o maior navio de guerra da América Latina

Neste ano, a Marinha também mobilizou seu maior navio para ajudar nos esforços de resgate às vítimas da tragédia causada pelas chuvas no litoral norte de São Paulo. Medindo cerca de 203 metros de comprimento, o Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico ficou em São Sebastião. Um hospital de campanha com 200 leitos foi montado dentro da estrutura do navio para atender as vítimas das chuvas, que deixaram ao menos 65 pessoas mortas em São Sebastião.

Versátil, o NAM Atlântico já foi empregado nas mais diferentes operações desde que começou a navegar em 1998. De construção britânica, o navio teve como nome HMS Ocean até ser comprado por US$ 117 milhões pelo governo brasileiro, em 2018. Desde então, é tido como o principal navio da frota nacional.

Veja detalhes da embarcação:
  • Comprimento total: 203,43 m
  • Deslocamento carregado: 21.578 t
  • Velocidade máxima mantida (VMM) prevista em projeto: 18,0 nós (33,3 km/h)
  • Raio de ação: 8.000 milhas náuticas;
  • Acomodação para tropa: 806 Fuzileiros Navais
  • Total de aeronaves embarcadas: 18 helicópteros.
Uma das primeiras missões do HMS Ocean foi prestar ajuda humanitária para cidadãos da Nicarágua e Honduras vítimas do furacão Mitch, já em 1998. No ano seguinte, o navio britânico participou de intervenções militares em Serra Leoa. O HMS Ocean participou de outros conflitos militares, como quando em 2003 foi empregado na Guerra do Iraque.

Também foi enviado para a região a Embarcação de Desembarque de Carga Geral Guarapari, que atuará em apoio aos desabrigados. O navio é dotado de uma rampa capaz de atracar em praias para resgatar as vítimas em áreas isoladas, segundo a Marinha.


Fonte: O GLOBO

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