Marçal conversa com União, mas aliados de Nunes em São Paulo veem aliança como remota

Marçal conversa com União, mas aliados de Nunes em São Paulo veem aliança como remota

Pré-candidato do PRTB tem se reunido com lideranças do partido em Brasília e ofereceu apoio a Caiado em troca do respaldo da sigla

Porto Velho, Rondônia - Um jantar realizado na última terça-feira (2) em Brasília reuniu lideranças do União Brasil e o pré-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB). No encontro, o ex-coach ofereceu ao presidente nacional do União, Antônio Rueda, apoiar o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), à presidência em 2026 em troca do respaldo da sigla em sua candidatura na capital paulista.

Desde o mês passado, Marçal tem tentado angariar para si o apoio do União, e para isso tem se reunido com Rueda e também com outras lideranças da legenda, como o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, além de Caiado. Entretanto, não há consenso sobre isso no partido porque, em São Paulo, o principal cacique do União é o vereador Milton Leite, que presidente a Câmara Municipal e está fechado com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) desde o início do mandato.

Em nota, a pré-campanha de Marçal informou que o foco central do jantar "foi a discussão sobre uma ampla frente a nível nacional, promovendo a sinergia entre as lideranças e unindo forças em torno de um projeto inovador".

"Acreditamos que a experiência de gestão do União Brasil, somada à nossa visão empreendedora e à nossa conexão com as demandas da população e com a juventude, formam a base ideal para a construção de um futuro promissor não apenas para São Paulo, mas para o Brasil, e enxergamos em Ronaldo Caiado um excelente nome para a disputa presidencial em 2026", destacou a nota.

No entorno de Nunes e entre integrantes do partido em São Paulo, a possibilidade do União embarcar na candidatura de Marçal é vista como remota. Eles afirmam que, embora haja conversas da executiva nacional com o ex-coach, a influência de Leite deve prevalecer na capital. Leite é ativo na pré-campanha de Nunes, participando de eventos partidários e inaugurações de obras, especialmente na Zona Sul, reduto eleitoral do vereador e do prefeito.

Houve um atrito entre os dois no mês passado em relação à escolha do vice, já que o União queria indicar o nome, mas a decisão do PL e do ex-presidente Jair Bolsonaro prevaleceu, mas depois a sigla acabou cedendo.

A convenção do União Brasil que vai definir suas candidaturas para prefeito e vereadores ocorrerá em 20 de julho. O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) ainda se coloca como pré-candidato à prefeitura e deve pleitear a posição dentro do partido, que tende a permanecer com o prefeito. Além do União, Nunes espera contar com onze partidos em sua base, todos da direita ou centro-direita.


Fonte: O GLOBO

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