Com curativo na orelha, Trump aparece em público pela primeira vez desde tentativa de assassinato

Com curativo na orelha, Trump aparece em público pela primeira vez desde tentativa de assassinato

Ex-presidente americano marcou presença ao final do primeiro dia da Convenção Nacional Republicana, em Wisconsin

Porto Velho, Rondônia - O ex-presidente dos EUA Donald Trump fez sua primeira aparição pública desde a tentativa de assassinato em um comício na Pensilvânia, no sábado, ao final do primeiro dia da Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, Wisconsin. Consagrado oficialmente como candidato da sigla à Casa Branca nesta segunda-feira, o magnata surgiu com um curativo na orelha direita, ferida pelo atirador Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, com uma AR-15 semiautomática.

— Lute! Lute! Lute — gritaram em coro os delegados republicanos na Convenção Republicana quando o ex-presidente entrou pela primeira vez no Fiserv Forum, sede da Convenção Nacional Republicana, no coração de Milwaukee.

A frase dita por Trump momentos após ser alvejado se transformou em grito de guerra do Partido e combustível da campanha até novembro. Uma chuva de verão despencou na cidade, mas os delegados saem felizes, ainda que encharcados, por terem visto Trump.

O curativo na orelha surpreendeu alguns militantes, mas a mensagem, para eles, foi a de quem “sobreviveu para lutar”.

— Não sei nem como conseguirei esperar até quinta (dia em que Trump fará seu discurso aceitando a indicação como candidato à Casa Branca, encerrando o evento). Foi emocionante — disse Laura Mink, 53 anos, que mora em uma cidade no subúrbio de Milwaukee.

Visivelmente emocionado, Trump acenou e sorriu para o público já no palco principal, que gritava: "Nós amamos Trump!"

A aparição acontece em um momento de vitória para o republicano após o grande susto de sábado, que mudou os rumos da campanha eleitoral. Além do clima energizado da Convenção, nesta segunda-feira foi anunciado o nome do seu vice, o senador JD Vance, de Ohio. Vance apareceu ao lado de Trump no palco do evento.

Trump também teve uma nova vitória na Justiça nesta segunda. A juíza Aileen Cannon rejeitou o processo criminal em que o republicano é acusado de manusear e retirar documentos confidenciais da Casa Branca após deixar a Presidência, bem como tentar impedir que as autoridades os recuperassem. Na decisão de 93 páginas, a magistrada disse que a indicação do promotor especial Jack Smith violava a Constituição, na esteira da decisão da Suprema Corte que garantiu imunidade parcial à presidentes para crimes cometidos durante o cargo.

Discurso à vista

Em sua primeira entrevista desde o ataque, no domingo, Trump prometeu um discurso "totalmente diferente" do que havia planejado. O magnata disse ter preparado "um discurso extremamente duro" sobre a "horrível administração de Biden", mas "jogou fora" a versão por uma que espera que possa "unir o país".

— Mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas — afirmou.

Trump descreveu a situação como uma "experiência muito surreal", e disse que estaria morto se não tivesse inclinado a cabeça para a direita.

— Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto. Por sorte ou por Deus, muitas pessoas estão dizendo que é por Deus que ainda estou aqui — disse, elogiando o Serviço Secreto que inutilizaram o atirador logo após os primeiros disparos. — Eles o mataram com um tiro bem no meio dos olhos. Eles fizeram um trabalho fantástico.


Fonte: O GLOBO

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