Porto Velho, Rondônia - Banco digital que fala a linguagem dos adolescentes, a NG.Cash acaba de receber um aporte de R$ 65 milhões liderado pela monashees, elevando para R$ 125 milhões o volume de recursos captados desde a fundação, em 2021.
O novo aporte vai ajudar a “emancipar” o negócio, com a oferta de produtos de crédito para os clientes que alcançarem a maioridade.
— Não queremos ser o banco de menores de idade para sempre. Vamos evoluir junto com os nossos clientes da Geração Z e, por isso, crédito é um produto que faz sentido. Conhecemos o nosso cliente desde os 12 anos e estamos usando inteligência artificial em conjunto com a nossa base de dados para a construção do nosso motor de crédito — diz Patrus Arruda, co-fundador e COO da NG.Cash.
A ideia é lançar o cartão de crédito pós-pago ainda este ano, junto com a funcionalidade de carteiras digitais.
A rodada atraiu ainda as gestoras Andreessen Horowitz (a16z) e 17Sigma, que já haviam entrado no negócio em uma rodada seed em 2022 junto com a monashees. Também participaram o Tekton Ventures e o Generalist Capital.
O aporte praticamente iguala o caixa da NG.Cash com aquele de sua principal concorrente, o Z1. A fintech Z1 levantou R$ 123 milhões desde 2021 e tem entre seus principais investidores fundos da Homebrew e da Kaszek.
Segundo Petrus, já são 2 milhões de contas abertas. O volume de recursos transacionados aumentou em 40 vezes nos últimos 12 meses, chegando a R$ 2 bilhões.
Hoje a empresa gera receita com recarga de jogos e de celular e tarifas em um cartão de “crédito” pré-pago internacional e em investimento em criptomoedas. Para este ano, estão programados novos produtos e serviços, como um assistente pessoal de finanças no whatsapp com IA e seguros, além da carteira digital e do cartão de crédito.
Enquanto o Z1 aposta pesado no Tiktok para atrair novos clientes, o NG.Cash tem se aproximado de instituições de ensino. Ambos oferecem conteúdo de educação financeira para ensinar os clientes a poupar o dinheiro da mesada.
Fonte: O GLOBO
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