Os
senadores rejeitaram um desconto que pretendia aumentar ainda mais essa
isenção - para três salários mínimos (o equivalente a R$ 4.236)
Porto Velho, RO.
Senado aprovou nesta quarta-feira, 17, em votação simbólica, o projeto
de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para dois
salários mínimos (ou seja, R$ 2.824). Os senadores rejeitaram, ainda, um
desconto que pretendia aumentar ainda mais essa isenção - para três
salários mínimos (o equivalente a R$ 4.236).
O governo buscou
impedir a mudança, mantendo o texto em apenas dois salários mínimos. Na
semana passada, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) chegou a
falar em um impacto fiscal de R$ 59 bilhões com essa alteração.
Assessores do Senado afirmam que a conta pode ser ainda maior. O autor
da emenda, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), não fez esse cálculo em
sua sugestão de alteração do texto.
A aprovação do projeto no
plenário do Senado se deu de forma simbólica, sem que o voto de cada
senador fosse computado. A proposta é praticamente uma unanimidade no
Congresso, tanto entre os parlamentares do governo e os da oposição.
A
rejeição da emenda apresentada pelo senador Carlos Viana também
aconteceu de forma simbólica, após acordo do senador Jaques Wagner
(PT-BA) com líderes da oposição. Apenas 11 senadores se manifestaram
contra a proposta no plenário do Senado.
Na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE), o governo levou um susto e quase foi derrotado. Por
13 votos a 12, conseguiu manter o texto original, que prevê a isenção
para os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos. Diante desse
risco, atuou para evitar esse mesmo risco no plenário e fechou um
acordo com as lideranças para evitar um impacto fiscal bilionário.
Estadao Conteudo