Parlamentar irá se licenciar da Câmara no próximo dia 5, dando início a uma dança das cadeiras que favorecerá Renan Jordy
Com a licença que durará quatro meses, o mandato de Carlos Jordy será assumido pelo seu suplente, o secretário estadual de Agricultura do Rio de Janeiro, Dr. Flávio. Com a ida do integrante do governo Cláudio Castro (PL) para Brasília, a pasta será ocupada pelo irmão de Flávio e deputado estadual, Dr. Deodalto.
Na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Renan Jordy é o primeiro suplente e herdará, pela primeira vez nesta legislatura, uma cadeira. O acordo das sucessões foi costurado pelo próprio Jordy junto aos líderes do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O parlamentar já vem traçando suas estratégias de campanha, que consiste em fugir da polarização e focar nos problemas da cidade. Aliado de longa data de Bolsonaro, Jordy deve aderir a uma postura menos ideológica e mais prática para angariar votos de outros campos do espectro político.
Nas eleições de Niterói, município localizado na região metropolitana do Rio que tem o melhor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do estado, Jordy concorrerá com a missionária evangélica e gari Alexandra Ferro na composição da chapa e enfrentará nas urnas pelo menos outros três nomes.
Com dificuldades na articulação política, o prefeito Axel Grael (PDT) abriu mão de concorrer à reeleição para que seu aliado e ex-secretário, o ex-prefeito Rodrigo Neves, pudesse tomar as rédeas. Tal negociação ocorreu após a avaliação de Grael despencar no município, que no ano passado chegou a ter seu afastamento pedido pelo Ministério Público por um escândalo referente à Empresa Municipal de Moradia Urbanização e Saneamento (Emusa).
A denúncia do MP apontava que a não prestação de contas dos dados de publicidade seria uma forma de Axel e o ex-presidente da Emusa Paulo César Carrera se esquivarem do controle social. A investigação ainda tramita na instituição.
Além de Jordy e Neves, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL) e o ex-vereador Bruno Lessa (PSD) também irão disputar o pleito. Talíria ainda não se decidiu se irá pedir licença do mandato na Câmara durante o período eleitoral.
Fonte: O GLOBO
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