'BC precisa olhar para necessidades do país', diz Haddad na véspera de reunião do Copom

'BC precisa olhar para necessidades do país', diz Haddad na véspera de reunião do Copom

Presidente e diretores do Copom se reúnem nesta terça para definir taxa básica de juros

Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Banco Central do Brasil (BC) precisa “olhar para as necessidades do país”. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, e diretores da autoridade monetária se reunirão ainda nesta terça-feira.

A declaração foi feita no seminário Esfera & MBCB “Os Caminhos para a Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil”, realizado nesta terça-feira, em Brasília. O ministro discursou no evento e elencou uma série de providências que devem ser tomadas para o desenvolvimento do país. Entre estas medidas, o ministro destacou o papel do Banco Central.

— Um Banco Central que olhe para as necessidades e crescimentos do país, enquanto cumpre a sua função institucional de controlar a inflação, que como já foi dito, depois de anos volta para dentro da banda da meta.

Em mensagem entregue ao Congresso no início de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse que o país projeta uma convergência da inflação para o centro da meta de 3% ao ano. O presidente do BC, Campos Neto, saiu em reação à declaração e disse que a convergência da meta de inflação depende da queda dos preços de serviços.

Nesta terça, Haddad defendeu a medida, e disse que Lula demonstrou “seu compromisso com a estabilidade de preços, ao já no seu primeiro ano garantir a convergência para o centro da meta.”

Está marcada para esta terça-feira a reunião do Copom. O comitê se reúne a cada 45 dias para definir a taxa básica de juros, a Selic.

No ano passado, Haddad já classificou a atual diretoria do Banco Central como “durona”.

— Nós não temos uma diretoria mais arejada no Banco Central. É uma diretoria muito hawkish (jargão econômico para uma postura austera), muito durona — afirmou.


Fonte: O GLOBO

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