ACM Neto diz que União Brasil deve tirar Bivar do comando da sigla na semana que vem

Secretário-geral do partido avalia que clima do político com a legenda 'era ruim e piorou tudo'

O ex-prefeito de Salvador e secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, disse que a Executiva Nacional da legenda deve tirar Luciano Bivar da presidência do partido na próxima semana. O estatuto do partido permite que a medida seja tomada de forma cautelar. A previsão é que a sigla se reúna nesta quarta-feira e que dê um prazo para Bivar apresentar a sua defesa.

Neto declarou que o clima de Bivar com a legenda "era ruim" e nos últimos dias "piorou tudo".

– O clima dele (Bivar) de permanência no partido já não existia, agora piorou tudo de uma vez. O que era muito ruim, agora ficou insustentável. A gente não tem outra saída se não fazer o que tem que ser feito – declarou ao GLOBO.

Isolado, Bivar contesta a eleição de Antônio Rueda para o comando do União, realizada há duas semanas. Nesta terça-feira, Rueda apresentou suspeitas de que a sua casa de praia em Pernambuco e a de sua irmã, tesoureira da sigla, poderiam ter sido incendiadas a mando de Bivar. O parlamentar nega e classifica isso como "ilação".

A nova direção nacional do União Brasil assume a partir de junho. Rueda é o atual vice-presidente do União Brasil e a ideia é que ele assuma o partido de forma interina depois que Bivar seja afastado do comando do partido.

– São 17 que votam, é preciso ter 11, nós temos os votos. Nesse cenário, sendo ele (Bivar) afastado, suspenso, expulso, o que quer que aconteça, nós vamos ter (os votos). Como primeiro vice-presidente, ele (Rueda) assume como interino até 31 de maio, quando em 1º de junho a nova direção nacional assume as funções – declarou ACM Neto.

Atualmente secretário-executivo, Neto vai passar a ser o primeiro vice-presidente da legenda quando a gestão encabeçada por Rueda tomar posse.

– A Executiva vai se reunir para receber a representação e dar encaminhamento. A decisão deve acontecer na próxima semana. É preciso dar a ele (Bivar) um prazo de 72 horas para se defender — disse o ex-prefeito.


Fonte: O GLOBO