A operação Aspides, como foi batizada trabalhará para proteger os navios comerciais e interceptar os ataques dos rebeldes, mas não participará de ataques contra a milícia em terra
"A Europa garantirá a liberdade de navegação no Mar Vermelho, trabalhando ao lado de nossos parceiros internacionais", escreveu a presidente da Comissão Europeia no X.
A Operação Aspides — que significa "escudo" em grego — trabalhará, segundo a agência Reuters, para proteger os navios comerciais e interceptar ataques, embora não participe de ataques contra os rebeldes Houthis em terra, como ocorre na operação em conjunto entre os Estados Unidos e o Reino Unido, que tem bombardeado posições da milícia dentro do Iêmen. Em um discurso feito no início deste mês, o líder da milícia, Abdul Malik al-Houthi, alertou que o bloco evitasse entrar em confronto com os rebeldes.
— Os países europeus não devem ouvir os americanos ou os britânicos, e não devem se envolver em assuntos que não lhes dizem respeito ou não os afetam — disse al-Houthi.
Até o momento, França, Alemanha, Itália e Bélgica disseram que irão contribuir com navios. Segundo uma autoridade do bloco, em entrevista à AFP na sexta-feira, o comandante geral da missão será grego e o chefe de controle operacional no mar será italiano.
Espera-se que a missão comece a operar dentro de "algumas semanas" com o envio de pelo menos quatro navios, disse a mesma fonte. Outra autoridade do bloco afirmou ainda que haverá "contato contínuo" para coordenar as ações com os EUA e outras forças na região. A missão está estimada para durar um ano, inicialmente.
Mapa mostra rota alternativa ao Mar Vermelho — Foto: Editoria de arte
Os rebeldes, apoiados pelo Irã, alegam que os ataques são uma forma de demonstrar apoio aos palestinos em Gaza, vítimas da guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em 7 de outubro, e declara que suspenderá os ataques assim que for declarado um cessar-fogo em Gaza. As negociações entre Israel e o Hamas para uma nova trégua, contudo, seguem "pouco promissoras" afirmou o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani.
Novos ataques
Desde outubro, dezenas de navios foram atacados na região, incluindo uma embarcação que foi invadida pelos milicianos. Estima-se que 12% do comércio global passem pela área, e segundo a Conferência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento, o tráfego na região caiu cerca de 40% nos últimos dois meses, com muitos navios preferindo a rota que margeia a África.
Nesta segunda, os houthis afirmaram ter danificado um navio de carga, atacado por dois mísseis. O Rubymar foi atingido na popa, segundo o porta-voz da empresa de segurança marítima LSS-SAPU, citado pela agência Reuters. Não há feridos no ataque, e não havia nenhum material inflamável a bordo. Apesar disso, um comunicado feito pelo porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Saree, disse que o Rubymar "agora corre o risco de afundar no Golfo do Aden".
Outro explosão foi registrada nesta segunda-feira pelas Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido (UKMTO, na sigla em inglês), citado pelo The Guardian. Já a empresa de segurança Ambrey relatou um ataque a um navio cargueiro de propriedade americana e com bandeira grega. Ambas as empresas afirmaram que os navios e as tripulações estavam seguros e que os navios seguem para o próximo porto da escala, informou a Reuters. (Com AFP)
Fonte: O GLOBO
Mapa mostra rota alternativa ao Mar Vermelho — Foto: Editoria de arte
Os rebeldes, apoiados pelo Irã, alegam que os ataques são uma forma de demonstrar apoio aos palestinos em Gaza, vítimas da guerra entre Israel e o Hamas, iniciada em 7 de outubro, e declara que suspenderá os ataques assim que for declarado um cessar-fogo em Gaza. As negociações entre Israel e o Hamas para uma nova trégua, contudo, seguem "pouco promissoras" afirmou o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani.
Novos ataques
Desde outubro, dezenas de navios foram atacados na região, incluindo uma embarcação que foi invadida pelos milicianos. Estima-se que 12% do comércio global passem pela área, e segundo a Conferência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento, o tráfego na região caiu cerca de 40% nos últimos dois meses, com muitos navios preferindo a rota que margeia a África.
Nesta segunda, os houthis afirmaram ter danificado um navio de carga, atacado por dois mísseis. O Rubymar foi atingido na popa, segundo o porta-voz da empresa de segurança marítima LSS-SAPU, citado pela agência Reuters. Não há feridos no ataque, e não havia nenhum material inflamável a bordo. Apesar disso, um comunicado feito pelo porta-voz militar dos rebeldes, Yahya Saree, disse que o Rubymar "agora corre o risco de afundar no Golfo do Aden".
Outro explosão foi registrada nesta segunda-feira pelas Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido (UKMTO, na sigla em inglês), citado pelo The Guardian. Já a empresa de segurança Ambrey relatou um ataque a um navio cargueiro de propriedade americana e com bandeira grega. Ambas as empresas afirmaram que os navios e as tripulações estavam seguros e que os navios seguem para o próximo porto da escala, informou a Reuters. (Com AFP)
Fonte: O GLOBO
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