Com receita de R$ 426 milhões, portugueses conseguiram aumentar em 8,9% a sua fatia do mercado brasileiro
O Brasil consome mais vinhos de Portugal e a preferência dos brasileiros levou o país a ultrapassar a Argentina no ranking das importações.
As exportações de Portugal para o Brasil em 2023 geraram uma receita de € 80 milhões (R$ 426 milhões), levando o país ao segundo lugar no mercado, atrás do Chile.
Os brasileiros compraram cerca de 26 milhões de litros. É um volume 8,9% maior que em 2022. E o valor total das garrafas que seguiram para o Brasil aumentou 12,5%.
Outro dado que revela a importância do Brasil: as exportações portuguesas como um todo caíram 1,16%. É uma descida que quebra a sequência de seis anos de resultados positivos.
Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmados ao Portugal Giro pelo presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão, revelam que os produtores portugueses ampliaram seu mercado no Brasil.
— Portugal ultrapassou a Argentina nas importações em volume pelo Brasil. As importações no Brasil cresceram cerca de 1%, mas Portugal cresceu acima dos 8%. Os consumidores de vinho no Brasil continuam a mostrar a tendência de aumento de consumo de vinhos portugueses — disse Falcão.
Com estes números, o Brasil foi o principal destino internacional do vinho português no último ano, com exceção do vinho do Porto.
— São rótulos que falam a mesma língua e o gosto dos vinhos portugueses já é apreciado pelos brasileiros. A nossa forte ligação e o turismo de brasileiros em Portugal ajudam no aumento de consumo dos nossos vinhos — explicou Falcão.
O impulso das exportações reflete a procura dos brasileiros pelo enoturismo em Portugal. Foi um interesse que começou à distância na pandemia de Covid-19 e, atualmente, incrementa a ocupação dos hotéis.
Diretor de marketing da Quinta da Pacheca, em Lamego, região vinícola no Rio Douro, Ricardo Santos aposta na fidelidade dos brasileiros.
— Criamos uma ligação emocional com nossos clientes e hóspedes. Assim que podem, eles voltam para nos visitar — disse Santos.
Fonte: O GLOBO
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