Ao todo, 26 novos postos avançados não reconhecidos pelo governo israelense foram estabelecidos no ano passado; em 2022 foram apenas cinco
O documento relacionou o aumento à chegada de figuras de extrema direita ao governo. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu retomou ao poder em dezembro de 2022 em uma coalizão com partidos de extrema direita e ultraortodoxos. Desde então, autoridades israelenses têm permitido que “colonos estabeleçam postos avançados sem impedimentos”, disse a organização Paz Agora.
“Sob o governo de Netanyahu, testemunhamos um apoio sem precedentes aos assentamentos”, pontua o documento. O atual primeiro-ministro liderou os governos israelenses de 1996 a 1999, e depois de 2009 a 2021, antes de retornar ao em 2022. Sua atual coalizão de governo inclui ministros ultranacionalistas religiosos como Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, defensores do movimento dos colonos.
A Paz Agora disse que 2023 viu o maior número de postos avançados — aqueles estabelecidos sem a aprovação das autoridades israelenses — desde que o fenômeno começou, em 1996. O recorde anterior, de 23, foi em 2002 durante a segunda intifada palestina, disse a organização. Em comparação, apenas cinco foram estabelecidos em 2022, quando o governo era composto por um amplo espectro de partidos políticos.
Em 2023, cerca de 15 postos avançados começaram o processo de legalização retroativa, disse a Paz Agora. Aproximadamente 490 mil israelenses vivem em dezenas de assentamentos na Cisjordânia que são considerados ilegais pela lei internacional. Eles moram ao lado de cerca de três milhões de palestinos no território. Os palestinos veem esses assentamentos como um crime de guerra e um obstáculo para a paz.
Israel capturou a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental na guerra árabe-israelense de 1967. Os palestinos buscam esses territórios para seu futuro estado independente.
Fonte: O GLOBO
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