Ex-influencer, pai assassinado, lucro de R$ 6 mil por dia: Quem é a 'Gatinha da Cracolândia', pivô de nova investigação em SP

Ex-influencer, pai assassinado, lucro de R$ 6 mil por dia: Quem é a 'Gatinha da Cracolândia', pivô de nova investigação em SP

Lorraine Bauer Romeiro visitou namorado preso em 21 de janeiro e teria passado cerca de 6 horas dentro do Centro de Detenção Provisória de Osasco

Condenada a cinco anos por tráfico de drogas, Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conhecida como "Gatinha da Cracolândia", encontra-se em prisão domiciliar. Mas, este mês, ela se tornou pivô de uma nova investigação. Uma visita dela ao namorado preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Osasco, em São Paulo, fez a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do estado abrir uma apuração interna.

As autoridades apuram como ela entrou na unidade, onde teria passado seis horas, já que está proibida de visitar o namorado por causa de seu histórico criminal. Lorraine foi presa em julho de 2021, em um condomínio fechado na cidade de Barueri, onde foram encontradas centenas de porções de crack, cocaína, maconha e ecstasy. Em seu perfil no Instagram, ela ostentava uma vida de luxo para seus mais de 30 mil seguidores, na época, quando atuava como influenciadora digital e modelo.

De acordo com a polícia, a "Gatinha da Cracolândia" ajudava o namorado a administrar uma tenda na Cracolândia. Com equipes infiltradas, a polícia conseguiu imagens de Lorraine na tenda. Lorraine atuava em períodos distintos do dia, mas, desde a eclosão de operações policiais na região, ela passou a frequentar o local somente à noite. A jovem foi transferida à prisão domiciliar para cuidar da filha bebê.

De acordo com a Polícia Civil, a acusada lucrava, em média, R$ 6 mil por dia com tráfico de drogas na região central de São Paulo. O valor seria divido com dois comparsas.

Segundo as investigações, Lorraine pegava um quilo por cerca de R$ 21 mil e vendia por até R$ 35 mil, aponta a corporação. Os investigadores sustentam que a jovem usava roupas escuras e largas e chapéu e capuz para não chamar a atenção quando estava na Cracolândia.

Lorraine cresceu numa família de classe média, "sempre acompanhada de perto por seus pais" e num "círculo bom de amizades" que incluía até famosos, afirmou a defesa de Lorraine durante o processo, em documento descrito pelo portal "Metrópoles". Em 2014, ela perdeu o pai, o empresário Ricardo Bauer Romeiro, vítima de latrocínio - roubo seguido de morte. Na ocasião, ele levou um tiro na cabeça durante uma tentativa de assalto em Barueri.

Visita a namorado investigada

Em nota enviada ao GLOBO, a SAP confirmou ter instaurado uma Apuração Preliminar sobre a visita de Lorraine ao namorado preso. "A mulher está proibida de fazer visitas ao companheiro no Centro de Detenção Provisória I de Osasco, desde o dia 23 de janeiro, devido a antecedentes criminais e processos judiciais em andamento", diz ainda a nota.

A visita aconteceu no dia 21 de janeiro. O sistema interno do presídio alertou que Lorraine tinha antecedentes e condenações criminais e que, por isso, sua entrada no CDP de Osasco só deveria ser liberada após "segunda ordem", de acordo com informações obtidas pela Band News. A jovem teria passado cerca de 6 horas na unidade penitenciária.

Segundo o UOL, as visitas foram relatadas em condição de anonimato por funcionários do local, que tiveram de permitir a entrada de Lorraine no CDP após "ordens superiores".


Fonte: O GLOBO

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