Com lucro recorde, Itaú vai distribuir mais R$ 11 bilhões em dividendos a seus acionistas

Com lucro recorde, Itaú vai distribuir mais R$ 11 bilhões em dividendos a seus acionistas

Instituição lucrou R$ 35,6 bilhões no ano passado; banco está mais otimista com 2024

O Itaú vai distribuir aos acionistas, entre dividendos e juros sobre capital próprio, R$ 15,3 bilhões no início de março, referentes ao resultado de 2023. A informação foi dada pelo presidente da instituição, Milton Maluhy, durante apresentação de resultados do banco. Serão pagos R$ 11 bilhões em dividendos (o equivalente a R$ 1,125125 por ação) e mais R$ 4,3 bilhões em juros sobre capital próprio também em março.

— No total, serão distribuídos R$ 21,5 bilhões entre dividendos e lucro sobre capital próprio, considerando o que já foi distribuído durante o ano. Será um 'pay out de 60,3% do resultado' — informou o presidente do Itaú.

A definição sobre a implementação da nova regra de risco operacional pelo Banco Central permitiu que o Itaú distribua o capital que mantém em excesso. Maluhy afirmou que não há interesse do banco em reter o excesso de capital e, para o próximo ano, se for possível serão feitas novas distribuições extraordinárias.

— Tem que olhar como política de longo prazo e distribuir o excesso - afirmou Maluhy.

O Itaú Unibanco teve lucro recorde tanto no quarto trimestre como no resultado fechado de 2023. No ano fechado, o lucro do banco foi de R$ 35,6 bilhões, alta de 15,7% em relação a 2022. Já no quarto trimestre do ano, houve lucro de R$ 9,4 bilhões.

Entre os fatores que mais influenciaram o resultado estão a elevação da carteira de crédito (3% descontando a variação cambial e 5% sem desconto) e crescimento da margem financeira com clientes. O banco também fará recompra de cerca de R$ 2,5 bilhões em ações. O Itaú terminou 2023 com queda nos indicadores de atraso da carteira de crédito.

Depois de um ano que começou com a recuperação juidicial da Americas após fraudes contábeis, o Itaú se mostra mais positivo em relação a 2024. O banco tem pouca exposição a Gol, por exemplo, que no início deste ano ano fez um pedido de recuperação judicial nos EUA. Maluhy disse que não há provisões extras a serem feitas por conta de empresas com problemas.

Para este ano, o banco espera um crescimento da carteira de crédito entre 6,5% e 9,5%. A expectativa é que as receitas com prestação de serviços e seguros subam entre 5% e 85 este ano.


Fonte: O GLOBO

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