Após operação da PF, Bolsonaro cancela viagem para Paraíba

Após operação da PF, Bolsonaro cancela viagem para Paraíba

Ex-presidente participaria de agenda nesta sexta-feira. PL justifica ausência por 'logística' de ato que será realizado na Avenida Paulista

Após ter se tornado alvo de uma investigação da Polícia Federal, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) resolveu adiar sua visita à Paraíba, onde participaria de agenda nesta sexta-feira (16). Segundo nota assinada pelo PL do estado, o cancelamento ocorre para que o ex-mandatário possa organizar sua manifestação na Avenida Paulista, prevista para semana que vem.

"Em função dos acontecimentos que ocorreram na semana passada, em que foram imputadas acusações infundadas contra o presidente Jair Bolsonaro, ele vai realizar um ato pacífico na Avenida Paulista para apresentar a verdade dos fatos. Por causa da logística que envolve um evento dessa magnitude na capital paulista, o presidente decidiu transferir a sua vinda à capital paraibana, marcada para a próxima sexta-feira", diz trecho da nota.

O partido também solicita que todos os paraibanos compareçam ao evento de Bolsonaro na capital paulistana, a mais de 2,7 mil quilômetros de distância, ou manifestem seu apoio via rede social.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também optou por mudar sua agenda após a operação: a mulher de Bolsonaro cancelou sua participação em evento com lideranças conservadoras nos Estados Unidos.

"Estou em Miami me preparando para os eventos Mulheres Protagonistas. Claro, a nossa ex-primeira-dama não pode vir. Todos estão acompanhando o que está acontecendo no Brasil", escreveu a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) em postagem no Instagram.

O ex-presidente e seu entorno são investigados pela PF, que apura uma organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para Bolsonaro permanecer no poder. Entre quatro mandados de prisão e 33 de busca e apreensão aplicadas a seus aliados, Bolsonaro se tornou alvo de medidas cautelares e teve que entregar seu passaporte às autoridades brasileiras.


Fonte: O GLOBO

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