Ao lado de Lula, presidente do Egito defende criação de Estado Palestino com capital em Jerusalém

Ao lado de Lula, presidente do Egito defende criação de Estado Palestino com capital em Jerusalém

Abdel Fatah al-Sisi agradeceu pelo apoio do presidente brasileiro ao fim da violência em Gaza e disse que países compartilham visões próximas sobre o futuro da região

Em conferência de imprensa ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta quinta-feira, o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, defendeu a criação de um Estado Palestino com capital em Jerusalém como parte do plano para o pós-guerra na Faixa de Gaza, entre Israel e Hamas. A declaração surgiu em um momento em que o líder egípcio enumerava pontos que ele e Lula concordaram durante a reunião bilateral realizada no Cairo.

— Concordamos sobre a importância de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, da libertação dos reféns e dos prisioneiros e do acesso humanitário com o maior número de recursos possível para salvar as almas dos civis e chegar à fase do pós-guerra, tendo Jerusalém como capital do Estado Palestino — afirmou al-Sisi ao abrir a conferência realizada no Cairo.

Ao discursar na capital egípcia, Lula criticou as ações de Israel contra o enclave palestino e voltou a se referir ao ataque de 7 de outubro, liderado pelo Hamas, como uma ação terrorista. O presidente brasileiro defendeu o cessar-fogo e pediu uma resolução duradoura para o conflito, mas não se referiu diretamente à criação de um Estado Palestino com sede em Israel.

Desde o fim do ano passado, al-Sisi tem defendido publicamente que a solução para o conflito regional passa pela criação de um Estado Palestino, seguindo as fronteiras estabelecidas pelo acordo de 1967, que considerava a porção oriental de Jerusalém como capital de um Estado Árabe, que deveria coexistir com o Estado Judeu. 

Os termos do acordo, contudo, quase não chegaram a vigorar, pelo não reconhecimento da Liga Árabe de Israel e pela eclosão da Guerra Árabe-Israelense (ou Guerra da Independência, em Israel), em que uma coalizão de forças árabes tentou impedir a instalação oficial do Estado de Israel naquela região e foi derrotada.

“Deve haver um Estado Palestino de acordo com as fronteiras de 4 de junho (1967), com Jerusalém Oriental como sua capital, lado a lado com Israel”, disse al-Sisi, em uma declaração de novembro do ano passado, citada pela agência oficial egípcia MENA. "Estamos prontos para que este Estado seja desmilitarizado e para que haja garantias da presença de forças, seja da Otan, das Nações Unidas, ou de forças árabes ou americanas, para que possamos alcançar a segurança de ambos os Estados, o nascente Estado da Palestina e o Estado israelense".


Fonte: O GLOBO

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