Carlos Henrique Medeiros estava desaparecido desde o natal e foi encontrado morto no último sábado em Itapecerica da Serra
Enterrado no quintal: infográfico mostra a cronologia da morte de youtuber em São Paulo — Foto: Editoria de Arte / O Globo
De acordo com o delegado Luís Hellmeister, titular do 1ºDP do município e responsável pelo caso, Renan José, de 28 anos, e sua esposa grávida, Caroline Mello, de 24, seguem sendo investigados por dois possíveis crimes: homicídio e ocultação de cadáver.
Ainda segundo os investigadores, se ambos não forem condenados por homícidio, caso a morte tenha sido um mal súbito, como consta nas declarações dos suspeitos, os dois responderão por ocultação de cadáver.
Veja em ilustrações o que se sabe sobre a morte de Carlos Henrique Medeiros:
Último contato com familiares
Youtuber foi visto pela última vez em uma praça de Itapecerica da Serra, na noite da véspera de Natal — Foto: Editoria de Arte / O Globo
Segundo relatos, o youtuber foi visto pela última vez em uma praça de Itapecerica da Serra, na noite da véspera de Natal. Acompanhado de amigos e familiares, assistiu a uma queima de fogos e avisou que passaria a noite de Natal na casa dos suspeitos — Renan José, de 28 anos, e sua esposa grávida, Caroline Mello, de 24 —, porque estava se envolvendo com uma pessoa da família deles.
Noite de Natal na casa de amigos e morte
Vítima teria ido ao banheiro com a irmã de Caroline, para ter relações sexuais. Lá, ao término do ato, Henrique teve um mal súbito — Foto: Editoria de Arte / O Globo
A pessoa em questão é a irmã de Caroline, que também estaria no imóvel do casal. De acordo com o delegado Luís Hellmeister, titular do 1º DP de Itapecerica e responsável pelo caso, o casal relatou, em depoimento, que Renan e Carlos Henrique usavam cocaína. A vítima teria ido ao banheiro com a irmã de Caroline, para ter relações sexuais. Lá, segundo a versão deles, ao término do ato, Henrique teve um mal súbito.
Irmã do youtuber, Katia Medeiros diz que Carlos Henrique a enviou um áudio em torno de 1h37 daquela madrugada, avisando que ficaria na casa dos amigos. Segundo ela, o irmão estava bem, não parecia alterado.
— Testemunhas que estavam na rua afirmaram que o pai da jovem com quem ele estaria se relacionando passou na casa do casal para buscá-la por voltas de 1h30. Se ele teve relação com a cunhada do Renan, com quem ele me contou que estava se envolvendo, a causa da morte não faria sentido, já que ele falou comigo após o horário que ela, supostamente, foi embora.
Corpo encontrado dias depois
Amigo de infância de Carlos Henrique e de Renan foi quem encontrou o corpo, no dia 30 de dezembro, na cova onde o jovem havia sido enterrado — Foto: Editoria de Arte / O Globo
Katia conta que, quando esteve na casa de Renan, procurando pelo irmão na manhã de natal, o homem afirmou que a vítima havia ido embora às 2h da manhã, dizendo que iria para casa. Outro amigo de infância de Carlos Henrique e de Renan foi quem encontrou, no dia 30 de dezembro, na cova onde o jovem havia sido enterrado.
— Ele me falou, na delegacia, que sonhou com o meu irmão. No sonho, o Caique falava para ele: 'eu estou debaixo do seu nariz'. Então, ele decidiu olhar dentro da casa. Ao tentar alcançar uma janela mais alta, ele deu um pulo e sentiu que, em uma parte da terra, ela afundava. Pegou uma madeira e cavou uns dois ou três palmos, até ver uma parte da camiseta e do braço do meu irmão.
Suspeitos se entregam à polícia
Prisão temporária do casal foi decretada pela Justiça a pedido da Polícia Civil por suspeita de envolvimento na morte — Foto: Editoria de Arte / O Globo
No domingo, dia 31 de dezembro, o possível responsável pelo crime, de 28 anos, e sua esposa grávida, de 24, se apresentaram à polícia e foram presos. A prisão temporária do casal foi decretada pela Justiça a pedido da Polícia Civil por suspeita de envolvimento na morte. A Delegacia de Itapecerica investiga se houve assassinato ou se o falecimento foi acidental.
Fonte: O GLOBO
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