Ordem dada na quinta-feira destina fundos para o Departamento de Propriedade Estrangeira da Direção Administrativa do presidente a fim de garantir a busca, registro e proteção legal dos bens
O texto não indicou o tamanho do orçamento para a operação ou que tipos de propriedade estão sendo procuradas. Segundo a agência de notícias Tass, as verbas serão destinadas ao Departamento de Propriedade Estrangeira da Direção Administrativa da Presidência.
O valor cobrirá as despesas do "processo de busca de bens imóveis da propriedade da Federação russa, do antigo Império Russo e da ex-URSS", além da "proteção legal da propriedade", destacou a agência. Um outro decreto determina também o investimento de recursos para a manutenção e o uso de propriedades russas no exterior.
Embora não esteja claro o que motivou a ordem, é improvável que o interesse de Putin em antigas propriedades imperiais alivie as preocupações sobre suas ambições entre os estados vizinhos, que estão em sobressalto desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, abalando a segurança europeia.
Em seu auge, o Império Russo se estendia pelos territórios da atual Polônia e dos estados bálticos da Estônia, Letônia e Lituânia, além da Finlândia. Ele se dissolveu sob a pressão da Primeira Guerra Mundial (1914-18) e da revolução bolchevique em 1917, liderada por Vladimir Lênin, que marcou o nascimento do Estado socialista.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), formada em 1922, cobriu grande parte do antigo território do império, excluindo a Polônia e a Finlândia, até entrar em colapso em 1991, quando as repúblicas constituintes do Báltico, do Cáucaso, da Ucrânia, de Belarus e da Ásia Central se tornaram independentes. (Com Bloomberg)
Fonte: O GLOBO
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