Incidente foi registrado nesta segunda-feira em Ra'anana, no centro do país; o motorista e seu sobrinho foram presos
As informações preliminares colhidas pela polícia apontam que o homem, um trabalhador ilegal que vivia na Cisjordânia, esfaqueou uma mulher para roubar o seu carro e saiu em disparada, atropelando os pedestres que via pela frente. As primeiras vítimas teriam sido atropeladas na Ahuza Street, uma importante via da cidade.
Em certa altura, o motorista teria perdido o controle do veículo e batido, segundo as autoridades informaram ao jornal israelense Haaretz. Ele teria então se apossado de um novo carro e voltado a atropelar pedestres. Os atropelamentos teriam acontecido em pelo menos três locais diferentes.
Serviços de emergência informaram que do total de vítimas, duas foram socorridas em condições graves, enquanto as outras tiveram ferimentos de moderados a leves. Sete delas eram menores de idade, incluindo crianças.
— Este é um evento muito difícil, com muitos feridos. Que eu saiba, todos já foram socorridos para vários hospitais, inclusive aqueles em estado crítico — disse a médica Viola Hachmon ao jornal Jerusalem Post.
Após o incidente, escolas na região foram fechadas, e pais foram orientados a não deixarem seus filhos saírem de dentro de casa.
Um sobrinho do cidadão palestino, de 25 anos, também de nacionalidade palestina, foi preso pela polícia pouco depois do agressor principal ser detido. Ele estaria dentro dos veículos no momento dos atentados, mas teria fugido da cena do crime antes da chegada dos policiais.
Tio e sobrinho foram identificados pelo Shin Bet, de acordo com o jornal israelense Times of Israel, como moradores da cidade de Bani Naim, na Cisjordânia, próxima a Hebron. Em um pronunciamento à imprensa, o chefe da polícia israelense, Kobi Shabtai, já havia dito que os dois palestinos chegaram ao local do ataque "de maneira ilegal". O Shin Bet informou que eles tinham outras anotações por entradas não autorizadas em território israelense.
O ataque acontece em um momento que o conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza chega ao 101º dia, e a guerra ameaça se espalhar pela região, com a entrada de atores internacionais na escalada de tensões.
Fonte: O GLOBO
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