Macy's planeja cortar 2.350 empregos e fechar 5 lojas

Macy's planeja cortar 2.350 empregos e fechar 5 lojas

Demissões, concentradas em cargos corporativos, reduzirão a força de trabalho da varejista em 3,5%, enquanto um novo CEO se prepara para assumir o comando

A Macy's, a maior operadora de lojas de departamentos dos Estados Unidos, informou aos funcionários que estava demitindo 13% de sua força de trabalho corporativa. A medida ocorre no momento em que a empresa se prepara para revelar uma estratégia que será supervisionada por seu novo CEO, Tony Spring. A empresa também informou que fechará cinco de suas mais de 560 lojas em shopping centers.

Os cortes correspondem a aproximadamente 2.350 empregos, ou cerca de 3,5% da força de trabalho geral da empresa, que inclui funcionários das subsidiárias Bloomingdale's e Bluemercury. As demissões serão realizadas por meio da eliminação de algumas funções e da consolidação de equipes, de acordo com memorandos aos quais o The New York Times teve acesso.

Os memorandos enviados aos funcionários afirmam que as decisões foram baseadas em pesquisas com consumidores e que o objetivo era tornar a varejista mais competitiva, melhorando sua estrutura de custos e acelerando a tomada de decisões.

Os cortes foram relatados anteriormente pelo The Wall Street Journal.

Tony Spring assumirá o cargo de executivo-chefe da Macy's no próximo mês, substituindo Jeff Gennette, um veterano da empresa que está se aposentando após ocupar o cargo desde 2017. Spring, que dirigiu a Bloomingdale's, foi nomeado para o cargo principal em março e empreendeu um esforço de pesquisa ao lado de Adrian Mitchell, diretor financeiro e diretor de operações da Macy's. A empresa disse que revelaria detalhes sobre sua estratégia em um futuro próximo.

"Enquanto nos preparamos para implantar uma nova estratégia para atender às necessidades de um consumidor e de um mercado em constante mudança, tomamos a difícil decisão de reduzir nossa força de trabalho em 3,5% para nos tornarmos uma empresa mais simplificada", disse um porta-voz da Macy's em comunicado enviado por e-mail.

Em um memorando para os funcionários, a empresa disse que estaria "terceirizando certas áreas do negócio", mas não forneceu detalhes.

Como os consumidores gastaram menos em vestuário e utensílios no ano passado, a Macy's teve dificuldades para aumentar suas vendas e vem enfrentando pressão para melhorar seus negócios. Em dezembro, um grupo de investidores apresentou uma oferta de compra da empresa por US$ 5,8 bilhões, mais de US$ 1 bilhão acima de seu valor de mercado na época.

O preço das ações subiu mais de 50% nos últimos dois meses, mas continua mais baixo do que há um ano ou no início da pandemia.

"Obviamente, a Macy's precisa manter os investidores satisfeitos, e seu foco no lucro tem conseguido isso em um momento em que o desempenho das vendas tem sido extremamente fraco", disse Neil Saunders, diretor administrativo da empresa de pesquisa e consultoria GlobalData Retail, na quinta-feira por e-mail. "No entanto, essa estratégia tem uma data de validade; em última análise, nenhum varejista pode se encolher para o sucesso."


Fonte: O GLOBO

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