Ex-jogador entrou com ação contra um ex-sócio pedindo a devolução de bens de luxo
Uma das peças citadas é uma escultura de cabeça de cavalo feita "em esmeraldas" e avaliada pela defesa do jogador em mais de R$ 130 milhões.
Inicialmente, a defesa do jogador pediu à Justiça que obrigasse o empresário Jackson Trindade a devolver R$ 139 milhões em bens. Entre os bens listados pelos representantes do atleta, estavam móveis, um carro importado e a escultura — este último item foi retirado da ação esta semana, e o valor da causa caiu para R$ 3 milhões.
Inicialmente, a defesa do jogador pediu à Justiça que obrigasse o empresário Jackson Trindade a devolver R$ 139 milhões em bens. Entre os bens listados pelos representantes do atleta, estavam móveis, um carro importado e a escultura — este último item foi retirado da ação esta semana, e o valor da causa caiu para R$ 3 milhões.
Caso Daniel Alves: Escultura de cabeça de cavalo 'de R$ 130 milhões' gera controvérsia — Foto: Reprodução/Record TV
O processo segue em andamento em meio a polêmicas e trocas de acusações entre advogados e parentes de Daniel Alves. Pelas redes sociais, nesta terça-feira, o irmão mais velho do jogador, Ney Alves, criticou a atuação do advogado Maurício Júnior da Hora pela recuperação dos bens. Ele afirmou que o caso do irmão virou "uma novela mexicana" e citou uma entrevista do advogado à Record.
— Como um advogado se submete a ir em rede social [ele quis dizer nacional] para falar um monte de palhaçada (...) a ponto de cobrar um amigo dele uma cabeça de cavalo que foi avaliada em 130 milhões de reais? — afirmou.
Ney acusa Júnior e Miraida Puente, advogada de Daniel no processo criminal na Espanha, de agirem contra os interesses do jogador.
— O Dani investiu, nessa cabeça de cavalo, 100 mil dólares e recebeu, de garantia, 4 quadros avaliados em 300 mil dólares, o que para mim já é uma coisa de louco. (...) Qual o objetivo do doutor [Hora]? É ferrar mais ainda o meu irmão? Porque 130 milhões de reais... De onde vem o dinheiro, o imposto, a declaração? Onde está tudo isso? — disse ele, que publicou uma imagem de um burro carregando pedras verdes para ironizar a escultura de esmeralda.
'Meu burrinho com dois caçoar de esmeralda vale quanto?', ironizou irmão de Daniel Alves — Foto: Reprodução/Instagram
O pivô da controvérsia, neste caso, é uma escultura de cabeça de cavalo de 23 quilos e 65 centímetros de altura, assinada pelo artista plástico Roberto da Silva Claussem. De acordo com a reportagem da Record, o artista avalia a obra em US$ 28 milhões, o que equivale ao valor citado pela defesa de Daniel. Hora não quis comentar o valor da escultura à reportagem, que não conseguiu contato com Claussem.
No entanto, um consultor de investimentos que teria guardado e entregado a peça a Jackson Trindade disse à Record que o valor está longe disso. O consultor explicou que a obra é um tipo de investimento, dividido em cotas. Os compradores das cotas recebem um percentual de uma eventual venda.
Também em entrevista à Record, Jackson Trindade disse que a escultura não pertence exclusivamente a Daniel Alves e que foi levada para o Catar para um leilão. O amigo do jogador diz pensar que "enrolaram" o atleta e pôs em dúvida o valor da peça. Acusado de apropriação indébita, ele ainda afirmou que o próprio Daniel Alves o telefonou em abril, já preso, e pediu para ele não entregar os bens.
Problemas do jogador na Justiça
Preso por ter sido acusado de estuprar uma jovem de 23 anos na Espanha, Daniel Alves recebeu uma ajuda financeira do compatriota Neymar, segundo o Uol. Neymar da Silva Santos, o pai do atacante do Al-Hilal, da Arábia Saudita, transferiu dinheiro para auxiliar o ex-lateral em meio aos processos.
Além do caso de estupro, em agosto do ano passado, Daniel Alves virou alvo de uma ação por não pagar pensão alimentícia. Dinorah Santana, ex-mulher de Daniel, acionou a Justiça no Rio, cobrando do brasileiro R$ 13 milhões em pensão devida desde 2022 aos dois filhos, Daniel e Vitória.
Essa movimentação bloqueou cerca de R$ 7 milhões das contas bancárias do ex-atleta, além de 30% do que Daniel Alves recebe do São Paulo pelo acordo para o pagamento dos salários atrasados — Após a rescisão, em setembro de 2021, a diretoria tricolor se comprometeu a pagar 60 parcelas de pouco mais de R$ 400 mil por mês, totalizando cerca de R$ 24 milhões.
No entanto, ainda de acordo com a reportagem do UOL, esse bloqueio de valores não é o único problema judicial para Daniel Alves no Brasil. Isso porque ele também é alvo de uma cobrança de R$ 550 mil do Banco Safra, por um empréstimo feito a uma de suas empresas, que ocasionou uma busca e bloqueio em suas contas, onde foram encontrados R$ 77 mil.
Fonte: O GLOBO
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