Metas para 2033 incluem, por exemplo, a produção nacional de 70% de medicamentos, vacinas e insumos no setor da saúde
Estão previstas linhas de crédito, subvenções governamentais, e a exigência de conteúdo local na produção industrial, para fomentar empresas nacionais.
Com metas para os próximos dez anos, a nova política é destinada especificamente para seis áreas: agroindústria; bioeconomia; complexo industrial de saúde; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade; transformação digital; e tecnologia de defesa.
A proposta foi construída ao longo do último semestre pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), que é composto por membros de 23 ministérios e 50 representantes de setores produtivos.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) se reúne nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto, para aprovar a nova política industrial. Durante a reunião, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, entregará o texto da “Nova Indústria Brasil”, juntamente com um plano de ação para o período 2024 a 2026. Após a reunião, haverá o lançamento oficial.
Metas para 2033:
- Aumentar a participação do setor agroindustrial no Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário para 50%;
- Alcançar 70% de mecanização nos estabelecimentos de agricultura familiar;
- Produzir internamente 70% de toda a demanda interna por medicamentos, vacinas, equipamentos e demais insumos e tecnologias;
- Reduzir o tempo de deslocamento de casa para o trabalho em 20% (na parte de moradia e mobilidade);
- Transformar digitalmente 90% das empresas industriais brasileiras, com priorização de novas tecnologias, como robótica avançada;
- Reduzir em 30% a emissão de gás carbônico na indústria e ampliando em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes;
- Obter autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para a defesa (na parte sobre a defesa nacional).
A nova política industrial está dentro do escopa da chamada “neoindustrialização”, repetidamente mencionada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDIC).
Com a máxima de “fortalecer” a indústria nacional, a previsão do governo é de que nos próximos quatro anos os investimentos superem R$ 100 bilhões, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), por exemplo.
Fonte: O GLOBO
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