Japoneses foram derrotados por iraquianos em Doha
O goleiro japonês Zion Suzuki disse nesta segunda-feira que foi alvo de insultos raciais nas redes sociais após a derrota de sua seleção para o Iraque na Copa da Ásia. A denúncia vem depois de dois casos de ofensas semelhantes dirigidas a jogadores na Itália e na Inglaterra durante as partidas.
Suzuki, cujo pai é ganês-americano e a mãe, japonesa, foi o culpado pelo primeiro gol do Iraque em Doha, depois de também ter cometido erros no jogo anterior, contra o Vietnã.
O jovem de 21 anos disse que aceita críticas às suas atuações, mas “gostaria que as pessoas parassem de fazer comentários racistas”.
— Não vou deixar que isso me derrote — disse ele aos repórteres, antes do último jogo do Japão na fase de grupos, contra a Indonésia. — Quero revidar produzindo bons resultados.
Os comentários pareciam ter sido desativados na conta do Instagram de Suzuki na segunda-feira.
Após os incidentes na Itália e na Inglaterra no fim de semana, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, pediu proibições mundiais nos estádios para torcedores e "desclassificações automáticas" para times cujas torcidas façam insultos racistas.
Os torcedores lançaram gritos de macaco na direção do goleiro francês Mike Maignan durante a vitória do Milan por 3 a 2 sobre a Udinese. O jogo foi temporariamente interrompido.
Já o meio-campista do Coventry Kasey Palmer acusou os torcedores do Sheffield Wednesday de fazerem o mesmo com ele durante o confronto entre as duas equipes, no sábado, vencido por seu time por 2 a 1.
Suzuki, que somou apenas sua sexta partida na seleção contra o Iraque, disse não ter dúvidas sobre sua capacidade. O Japão se prepara para enfrentar a Indonésia na quarta-feira, com a qualificação para as oitavas de final ainda a ser garantida.
— Sei que estou sendo cobrado num alto patamar por ser um goleiro da seleção japonesa quando sofro gols e perdemos jogos — disse ele.
Fonte: O GLOBO
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