Erik, Gustagol, Toró: veja quem vingou e quem não vingou entre os artilheiros das últimas 10 Copinhas

Erik, Gustagol, Toró: veja quem vingou e quem não vingou entre os artilheiros das últimas 10 Copinhas

Ser o melhor marcador do torneio é um bom sinal para o futuro, mas não garante sucesso na carreira

Maior vitrine de talentos do futebol brasileiro, a Copa São Paulo de Futebol Júnior já se encaminha para o fim da fase de grupos e o começo do mata-mata. Passou-se tempo suficiente para alguns nomes se mostrarem como artilheiros logo na largada. No momento, os jogadores com mais gols são Jardiel (Grêmio), Nycollas (Oeste) e Walace (Athletico), todos com cinco gols.

Ser o melhor marcador do torneio é um bom sinal para o futuro, mas não garante sucesso na carreira. Ao longo dos últimos dez anos, jogadores conseguiram sair da Copinha e alçar voos nacionais e até internacionais, como os casos dos atacantes Erik e Gustagol.

Jovens como Ruan Ribeiro, que contribuiu bastante para o título do Palmeiras, no ano passado, ainda carregam expectativas. No entanto, muitos também foram sendo esquecidos com o tempo, e ainda buscam grande projeção no profissional.

2013: Erik (Goiás), Caio Dantas (Audax) e Diego Ceará (Mogi Mirim)

Há 11 anos, a artilharia foi dividida por três garotos (oito gols), dos quais Erik é quem mais brilhou. O atacante se destacou no time principal do Goiás, eleito revelação do Brasileirão de 2014, e comprado pelo Palmeiras, em 2016. Apesar de ter pertencido ao alviverde por cinco anos, com quem foi campeão nacional, nunca engrenou grande sequência, e foi emprestado para Atlético-MG, Botafogo e Yokohama Marinos (Japão).

Vendido para o Chanchun (China) logo depois, o jogador de 29 anos se encontra atualmente no Machida Zelvia (Japão). No ano passado, registrou 18 gols e sete assistências em 30 jogos.

Atacante Erik, ex-Palmeiras, Atlético-MG e Botafogo — Foto: Instagram

Já Caio Dantas passou por times de divisões inferiores no Brasil, como América-MG, Botafogo-SP, Náutico e Sampaio Corrêa. No Maranhão, viveu a melhor temporada de sua carreira em 2020, ao ser artilheiro da Série B. Com 30 anos, fez bom 2023 no Vila Nova, onde estava emprestado pelo Água Santa, e se transferiu para o Vitória, campeão da segunda divisão e que volta à Série A neste ano.

Por fim, Diego Ceará ainda não decolou e segue em busca de sucesso. No Afogados da Ingazeira (PE), teve sua melhor temporada em 2023, aos 30 anos: vice-artilheiro da Série A2 do Pernambucano, com dez gols em 11 jogos. Por isso, foi contratado pelo Sousa (PB).

2014: Gustagol (Taboão), Diego Cardoso (Santos) e Stéfano Yuri (Santos)

Em mais uma edição que teve artilharia tripla (nove gols cada), Gustavo foi quem ganhou maior projeção, defendendo Corinthians, Internacional, Bahia, Fortaleza, Goiás e Criciúma. Entre grandes títulos conquistados, uma Série B (2018), uma Copa do Nordeste (2017) e um Paulista (2019).

Desde julho de 2020, o atacante de 29 anos, que passou pelo Nacional (Portugal), está no Jeonbuk Motors (Coreia do Sul). No país, onde atua há quatro temporadas, venceu o campeonato e a copa no ano de chegada. Em 2021, marcou 23 gols e deu oito assistências em 42 jogos.

Gustagol, atacante ex-Corinthians, Fortaleza, Bahia e Internacional — Foto: Instagram

Diego Cardoso pertenceu ao Santos até 2020, mas depois saiu para rodar por várias equipes do país, como Volta Redonda, Sampaio Corrêa e São Caetano. Desde julho do ano passado, ele está no futebol de Malta, defendendo o Valletta. Já Stéfano saiu do alvinegro em 2018 e viveu dois anos atuando na Tailândia, entre 2020 e 2021. O último time que o contratou foi o Goiânia.

2015: Isaac Prado (Botafogo-SP), Gabriel Vasconcelos (Corinthians) e Santiago (São Caetano)

O trio que fez oito gols naquela edição não vingou no futebol. Santiago, que recebeu oportunidades na base do Cruzeiro e do Vasco, se limitou a passagens por equipes pequenas do Brasil e nem está mais em atividade.

Isaac, que foi contratado pelo Corinthians, mas nunca jogou, passou por vários times do interior paulista até ir para a Itália, país onde está desde meados de 2022. Porém, atualmente, joga na quarta divisão local, no FC Matera.

Isaac Prado, atacante da quarta divisão italiana — Foto: Instagram

Já Vasconcelos foi emprestado inúmeras vezes, indo até para o futebol do Canadá. Há dois anos, joga no Bahrein, defendendo atualmente o Bahrain SC.

2016: Geovane Itinga (Bahia)

Mesmo marcando oito gols naquela Copinha, o atacante foi emprestado pelo Bahia várias vezes, até sair no início de 2022. Os clubes que passou incluem Figueirense, São Bento (SP), Jacuipense (BA), Pelotas (RS) e Caldense (MG). Após jogar no Fluminense de Feira de Santana (BA) no ano passado, Itinga foi anunciado pelo Nação Esportes (SC).

Atacante Geovane Itinga — Foto: Instagram

2017: Carlinhos (Corinthians)

O autor de 11 gols naquela edição foi mais um a não vingar no clube que o formou. Em 2024, o atacante de 26 anos foi anunciado como reforço do Nova Iguaçu (RJ), após marcar oito gols em 15 jogos na última temporada, a melhor de sua carreira, com o Camboriú (SC). Também passou por clubes como Oeste, Vila Nova, São Caetano, Santo André, Audax Rio e Juventus (SP).

Carlinhos, atacante do Nova Iguaçu — Foto: Divulgação/JB Sports

2018: Jonas Toró (São Paulo), Brenner (Inter), Luis Henrique (Ferroviária), Miullen (Londrina) e Luan Silva (Vitória)

Todos estes jogadores, que marcaram oito gols cada naquela Copinha, ainda buscam uma grande oportunidade profissional. Toró foi emprestado pelo São Paulo e até passou pelo futebol grego, mas está atualmente no Botafogo-SP, onde jogou a última Série B. Brenner não vingou no Inter e está no Khoen Khaen, da Tailândia, após atuar também em times da Dinamarca e do Japão.

Jonas Toró, jogador do Botafogo-SP — Foto: Agência Botafogo

Luis Henrique passou por times do interior de São Paulo e está no Barretos, enquanto Miullen se transferiu recentemente para o Azuriz (PR). Luan chegou a se transferir para o Palmeiras, mas foi aconselhado a se aposentar, mesmo com apenas 24 anos, por causa de problemas no joelho.

2019: Gabriel Novaes (São Paulo)

O melhor marcador da edição de 2019, com dez gols, parecia ser uma estrela em ascensão, quando foi emprestado para o time B do Barcelona. Mesmo assim, não atendeu às expectativas. De volta ao Brasil, foi cedido para Juventude e Bahia, até ser contratado pelo Bragantino. Em 2023, estava emprestado ao Goiás, onde marcou apenas dois gols em dez jogos.

Gabriel Novaes defendeu o Goiás em 2023 — Foto: Rosiron Rodrigues | Goiás EC

2020: Felipe Micael (Mirassol)

O atacante de 22 anos fez dez gols naquela Copinha, mas ainda não encontrou grandes oportunidades na carreira. Mesmo tendo sido vendido para o futebol belga, voltou para o Brasil, atuando por Ceará, Cascavel (PR), Athletic (MG) e Boa Esporte (MG). Em novembro, foi anunciado como reforço do União Suzano (SP), que vai disputar a Série A3 do Paulista.

Felipe Micael, atualmente no União Suzano — Foto: Divulgação/União Suzano

2021: não disputada

Naquele ano, a Copinha foi cancelada, por causa da pandemia do coronavírus.

2022: Figueiredo (Vasco) e Werik Popó (Oeste)

Autor de oito gols naquela edição do torneio, Figueiredo teve impacto importante no time cruz-maltino que conseguiu acesso à Série A no mesmo ano. Porém, o nível de suas atuações caiu na temporada passada e, ontem, o clube anunciou que emprestou o atacante de 22 anos para o Coritiba.

Figueiredo deixa o Vasco após três temporadas — Foto: Leandro Amorim/Vasco

Já Werik foi comprado pelo Bragantino em agosto de 2022, mas perdeu espaço com o treinador Pedro Caixinha, no ano passado. Assim, foi emprestado ao Suwon Bluewings, da Coreia do Sul, onde tem vínculo até o fim de junho. Em sete jogos feitos, porém, ainda não marcou nenhum gol.

2023: Ruan Ribeiro (Palmeiras)

Autor de nove gols no título palmeirense, na última edição, o atacante de 20 anos ainda é tratado como prodígio no clube e foi emprestado ao Valmiera, da Letônia, onde marcou sete gols em 34 jogos. Para esta temporada, foi novamente emprestado, desta vez para o Paysandu, que disputará a Série B.

Ruan Ribeiro, último artilheiro da Copinha — Foto: X/Palmeiras


Fonte: O GLOBO

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