Motorista relatou que desviou de animal da pista antes de cair em desfiladeiro; ela sobreviveu com os suprimentos que levava e água da chuva
A motorista foi encontrada por acaso por um pescador que buscava novas áreas de pesca na região. Ele ouviu "gritos fracos", localizou a dona da voz e acionou o socorro. Equipe de Resgate da Montanha San Dimas, na Califórnia, socorreram-na com vida e levaram-na a um hospital local. A motorista dirigia numa das estradas que dá acesso à subida do Monte Baldy, nos arredores de Los Angeles, quando desviou de um veado na pista e caiu num desfiladeiro de 76 metros de altura.
Com a queda, a caminhonete ficou destruída, e as ferragens travaram a saída da mulher do veículo. Com o tornozelo quebrado, ela permaneceu sob as temperaturas congelantes do local, segundo a equipe de resgate. Como estava sem serviço de celular, restou à vítima aguardar e se manter, da última quarta-feira ao domingo, com os suprimentos que levava no veículo.
— Isso [ter cobertores no carro] provavelmente a ajudou muito porque estava muito frio lá em cima. Poderia ser uma circunstância completamente diferente se ela não tivesse nada para mantê-la aquecida à noite — disse o capitão dos bombeiros do condado de Los Angeles, Ian Thrall.
Como a caminhonete da mulher não podia ser vista da estrada, a busca do pescador por novas águas de pesca "acabou salvando a vida dela", escreveu a equipe de resgate, no Facebook.
Segundo o pescador, a mulher conseguiu instalar recipientes ao seu alcance, na área do acidente, para coletar a água da chuva e se hidratar. Chris Ayres diz que tentou fazer sinal para uma ambulância, sem sucesso, e só conseguiu ajuda ao parar um veículo do serviço florestal na estrada.
— Não sei como ela sobreviveu — afirmou o pescador à rede KCAL/KCBS, afiliada da CNN. — Eu vi o volante, estava quase dobrado como um taco. A cabeça dela deve ter batido nisso.
Uma equipe de operações aéreas dos bombeiros do condado de Los Angeles foi acionada e retirou a mulher do local. Os socorristas afirmaram à KCAL/KCBS não saber se a vítima teria sobrevivido mais uma noite.
— Tem que ser guiado por Deus, por acaso parei naquele ponto — disse Ayres. — É o destino.
Fonte: O GLOBO
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