Domingo, 16 de março de 2025

Suspeita de mortes por envenenamento em Goiânia foi denunciada duas vezes em Conselho de Psicologia

Suspeita de mortes por envenenamento em Goiânia foi denunciada duas vezes em Conselho de Psicologia

Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, foi presa por suspeita de envenenar e matar o pai e a avó do ex-namorado, na capital goiana,

A advogada Amanda Partata Mortoza, de 31 anos, presa por suspeita de envenenar e matar o pai e a avó do ex-namorado, na capital goiana, foi denunciada duas vezes no Conselho Regional de Psicologia de Goiás da 9ª Região (CRP09).

Em 2022, o Conselho recebeu duas denúncias anônimas por exercício ilegal da profissão e afirmou que os "procedimentos foram tomados". Ainda de acordo com o CRP, da 9ª região, as denúncias "tramitam em sigilos". Além disso, Amanda não tinha registro profissional no banco de dados do Conselho, mas se apresentava como psicóloga na internet.

"Para o exercício legal da profissão de Psicóloga(o), é indispensável o registro ativo junto ao Conselho Regional da região. O CRP09 confirma o recebimento de duas denúncias anônimas em desfavor de Amanda Partata Mortoza no dia 2 de fevereiro de 2022 e que os procedimentos tomados em relação às denúncias tramitam em sigilo”, completa a nota.

Na "bio" do perfil das redes sociais, ela se apresenta como “psicóloga, terapeuta cognitivo comportamental, advogada aposentada, leitora, viajante e mãe”.

Histórico de crimes

Segundo a polícia, Amanda Partata Mortoza já forjou gravidez anteriormente. Ela também é suspeita de aliciar crianças de 10 a 16 anos durante um estágio de psicologia em uma escola. Apesar de se apresentar como 'terapeuta comportamental' em seu Instagram, o nome de Amanda não consta no Cadastro Nacional de profissionais inscritos. Na OAB, aparece como 'regular'.

Amanda Mortoza: advogada é suspeita de ter matado policial e idosa em Goiânia — Foto: Reprodução / OAB

Além disso, durante a coletiva, o delegado Carlos Alfama divulgou uma acusação de um estelionato que teria sido praticado por Amanda no Rio de Janeiro.

Entenda o caso de envenenamento em Goiânia

Léozão, como era conhecido, e sua mãe passaram mal, na última segunda-feira, após comerem doces. A doceria fabricante dos alimentos, famosa em Goiânia, chegou a ficar em evidência, mas sua responsabilização foi descartada ainda nesta terça-feira, após a abertura do inquérito.

O caso veio à tona após uma publicação feita pela filha de Leonardo, a médica Maria Paula Pereira Alves, de 26 anos. Era uma homenagem emocionada ao pai, escrita ainda na madrugada após sua morte, mas que chamou atenção também por revelar que, antes de morrer, ele havia comido doces da famosa lanchonete goiana. Ela dizia que o pai "acordou, comeu um alimento comprado em um estabelecimento famoso e com credibilidade, mas acabou passando mal."

No decorrer da investigação, surgiu outra hipótese, a de um suco com veneno ter sido o instrumento do crime. Amanda passou três horas na residência após oferecer as comidas às vítimas. A Polícia aponta que ela pode ter limpado os utensílios de cozinha ou, até mesmo, ter levado eles quando deixou a residência. Isso dificultaria o trabalho da investigação em determinar como teria se dado o envenenamento.

Ainda assim, segundo o delegado Carlos Alfama, a certeza dos homicídios está mantida. Durante a coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, a perícia afirmou que seria "impossível duas pessoas sadias morrerem de causas naturais dessa maneira".

A possibilidade do suco ter sido o meio utilizado foi levantada após a reação de Amanda durante o interrogatório, segundo Alfama.


Fonte: O GLOBO

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