Médico de mulher que morreu durante retirada de DIU é suspeito de praticar abusos sexuais contra cinco pacientes

Médico de mulher que morreu durante retirada de DIU é suspeito de praticar abusos sexuais contra cinco pacientes

Cardiologista, de 58 anos, responsável por realizar o procedimento foi preso; além do mandado de prisão, foram cumpridos dois de busca e apreensão na clínica e na residência do cardiologista

O médico cardiologista, de 58 anos, responsável por realizar o procedimento de retirada de um dispositivo intrauterino (DIU) que matou uma mulher de 32 anos, foi preso nesta sexta-feira. O caso ocorreu no último dia 4 de novembro, em uma clínica em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele é suspeito de praticar abusos sexuais contra cinco pacientes.

De acordo com a Polícia Civil, além do mandado de prisão, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na clínica e na residência. Após os procedimentos, ele foi encaminhado ao sistema prisional e ficou à disposição da justiça.

O médico tem cinco acusações de violação sexual mediante fraude. A primeira denúncia ocorreu no ano de 2018, e a última foi feita em setembro deste ano, após uma paciente relatar ter sido abusada durante uma consulta de risco cirúrgico. No entanto, após a morte de Jéssica Marques Vieira, outras quatro mulheres procuraram a Polícia Civil para denunciar o cardiologista.

O delegado, que investiga o caso, afirma que aguarda exames laboratoriais e o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) para determinar a causa da morte da mulher.

"A gente aguarda a conclusão dos exames laboratoriais para concluir qual a causa da morte e saber se realmente foi um homicídio culposo [quando não há intenção de matar] ou por algum outro procedimento", detalhou o delegado Cláudio de Freitas Neto, responsável pelas investigações.

"A prisão foi necessária não só para garantir a ordem pública e evitar que ele possivelmente pratique os mesmos atos, mas também para garantir a instrução criminal. Há denúncia de que o investigado estaria ameaçando testemunhas e uma das vítimas", completou.

Segundo o delegado, o médico negou os crimes, mas confirmou a realização de exames ginecológicos. O médico está com registro regular no Conselho Federal de Medicina.


Fonte: O GLOBO

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