As ações da companhia chegaram a entrar em leilão no começo do dia devido ao alto volume de negociações
— As notícias de ontem eram fatores que iam mexer com o preço do Magazine Luiza. Por isso, os papéis ficaram em leilão da abertura até umas 10h20, tempo bem maior do que o usual. Demoraram a definir o preço de abertura — explica o analista Bruno Komura, da Potenza Capital.
A inconsistência, descoberta após auditoria realizada desde março após denúncias anônimas, foi decorrente de uma diferença entre os bens e os passivos de uma empresa. O comunicado ao mercado, no entanto, saiu apenas na noite dessa segunda-feira.
Segundo o documento, embora as denúncias não tenham sido confirmadas, o Magalu encontrou “incorreções” no modo com o qual “bonificações em determinadas transações comerciais” eram lançadas no seu caixa.
Mesmo sem qualquer indício de fraude, segundo analistas, investidores se desfazem do papel agora por um "trauma" com a crise da Americanas, revelada em janeiro deste ano.
Para Komura, a empresa precisará fazer um follow-on, ou seja, uma nova oferta de ações no mercado para arrecadar o capital que precisa, já que o setor do varejo segue enfrentando desafios desde a pandemia. Além disso, o Magazine Luiza enfrenta forte concorrência das asiáticas e pode não ter alívio mesmo com a queda da taxa Selic. O ponto negativo é que a medida, vista por ele como necessária, pode diluir ainda mais o capital da empresa.
(matéria em atualização)
Fonte: O GLOBO
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