Israel culpa Hamas por demora na liberação de saída de brasileiros da Faixa de Gaza

Israel culpa Hamas por demora na liberação de saída de brasileiros da Faixa de Gaza

Nota divulgada por embaixada em Brasília não explica por que brasileiros ainda não foram incluídos em listas com outras nacionalidades

A Embaixada de Israel em Brasília divulgou uma nota, neste sábado, responsabilizando o grupo terrorista palestino Hamas pela demora na autorização para que os 34 brasileiros que estão na Faixa de Gaza possam atravessar a fronteira para o Egito. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) aguarda o grupo para sua volta ao Brasil.

Até o momento, as autoridades israelenses e egípcias liberaram quatro listas com estrangeiros de várias nacionalidades, sendo que em nenhuma delas havia brasileiros. A nota não explica por que, apesar dos diversos apelos feitos a Tel Aviv, o Brasil ainda não foi contemplado.

"O Estado de Israel está fazendo absolutamente tudo que pode e que está ao seu alcance para que todos os estrangeiros deixem a Faixa de Gaza o mais rapidamente possível. Qualquer outra afirmação está errada e é fruto de fake news ou desinformação sobre essa complexa e desumana situação criada exclusivamente pelo Hamas", diz um trecho da nota.

O comunicado é iniciado chamando a atenção para os "posicionamentos sobre os alegados atrasos na liberação de cidadãos brasileiros na Faixa de Gaza a partir dos ataques desumanos ocorridos a partir do dia 7 de outubro". Afirma que o Hamas é uma organização terrorista que sequestra, massacra, estupra e tortura centenas de pessoas de muitas nacionalidades.

"O Hamas está atrasando a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza e os utiliza de maneira desumana para se apresentarem como vítimas".

Neste sábado, mais 599 estrangeiros foram autorizados a sair da Faixa de Gaza através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. Por quarto dia consecutivo, não há brasileiros na lista de pessoas que poderão deixar o território palestino, fugindo do conflito entre Israel e Hamas, que já ultrapassou 10 mil mortos.

Os americanos, pelo terceiro dia consecutivo e em plena visita do secretário de Estado americano, Antony Blinken, a Israel, são a maioria do grupo, com 386 cidadãos autorizados. Em seguida, há britânicos (112), franceses (51) e alemães (50). As negociações para a retirada de civis com nacionalidade estrangeira, pouco transparentes e sem um critério claro, envolvem Israel, Egito, Catar e EUA.

Na última sexta-feira, em uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, o chanceler de Israel, Eli Cohen, garantiu que os brasileiros que estão em Gaza serão liberados para atravessar a fronteira até quarta-feira, na pior das hipóteses.

O Itamaraty tem demonstrado desconforto em relação aos nacionais que estão na zona de conflito, não apenas com o risco de serem atingidos, mas também diante da possibilidade de bens de primeira necessidade, como água, alimentos e remédios faltarem.

O Brasil condenou o que chamou de "ataques terroristas" do Hamas a Israel. No entanto, o país pede o cessar fogo e já tornou pública sua preocupação com a reação israelense, que causou a morte de milhares de civis, incluindo mulheres, crianças e idosos.

Leia a íntegra da nota:

"Em atenção aos posicionamentos sobre os alegados atrasos na liberação de cidadãos brasileiros na Faixa de Gaza a partir dos ataques desumanos ocorridos a partir do dia 7 de Outubro, informamos:

O Hamas é uma organização terrorista que sequestra, massacra, estupra e tortura centenas de pessoas de muitas nacionalidades. Essa organização assassina provou repetidamente que seus relatórios não são confiáveis.

O Hamas está atrasando a saída de estrangeiros da Faixa de Gaza e os utiliza de maneira desumana para se apresentarem como vítimas."

O Estado de Israel está fazendo absolutamente tudo que pode e que está ao seu alcance para que todos os estrangeiros deixem a Faixa de Gaza o mais rapidamente possível.

Qualquer outra afirmação está errada e é fruto de fakenews ou desinformação sobre essa complexa e desumana situação criada exclusivamente pelo Hamas.


Fonte: O GLOBO

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