Projeto de estádio do rubro-negro agita fãs com as possibilidades de nova sede
Local e financiamento
Atualmente, Landim negocia com a Caixa Econômica Federal para adquirir um terreno no gasômetro, na zona portuária do Rio. O local conta com vários outros loteamentos, e fez parte do projeto de revitalização daquela área da cidade nas obras para as Olimpíadas da Rio-2016, mas acabou se tornando apenas uma grande área inutilizada.
Hoje, o espaço é administrado pelo Fundo de Investimento Imobiliário (FII) Porto Maravilha, que teve como cotista o FI-FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O investimento foi de R$ 5 bilhões, ainda em 2009, no início das obras de revitalização da região, mas não teve retorno financeiro e gerou uma enorme dívida. A área total do terreno, de 86.592,30 m², hoje tem valor de mercado de R$ 4,2 bilhões.
Com valores exorbitantes, apenas para adquirir o terreno, o presidente do Flamengo tem uma estratégia. Landim contou que a ideia é que a área seja vendida com um desconto ao clube, já que a construção do estádio serviria para valorizar toda a região, atraindo grande circulação de pessoas ao local. Assim, empreiteiras poderiam desenvolver empreendimentos comerciais, o que resultaria em geração e circulação de renda para toda a zona portuária.
— O Flamengo tem um potencial enorme e precisa convencer essas pessoas que ter o estádio do clube em um terreno vai fazer com que saiam ganhando. Existem inúmeros terrenos ali. Se o clube tiver um deles, valorizaria os demais que estão eu volta, seria a chance de fazer decolar a região, com o surgimento de todo um complexo comercial, shopping, hotéis, etc — explicou.
Gramado
Landim também já deixou claro que, no futuro estádio, o "tapetinho" será de grama natural e não sintética.
— Será um estádio somente para futebol, com gramado natural. Se quiserem fazer shows, façam no Maracanã depois que acabar a temporada — afirmou o dirigente.
Tamanho
Com média de público de mais de 50 mil torcedores presentes nos jogos de 2023, o Flamengo precisa de um estádio que comporte a quantidade de pessoas dispostas a pagar o valor de um ingresso. No ano passado, o vice-presidente jurídico do clube, Rodolfo Dunshee, falou sobre a possibildade de um estádio para mais de 100 mil torcedores, número que o vice de futebol, Marcos Braz, também já estabeleceu como a meta.
De acordo com os dirigentes, a grande quantidade de público poderia também servir para baratear o preço das entradas, assunto bastante criticado pelos torcedores rubro-negros.
— Os Estados Unidos só estão fazendo estádios para 100 mil, 120 mil pessoas. Com um estádio pequeno você acaba precisando elevar o preço dos ingressos. Não dá para fazer uma área mais popular, que é importante ter. Não tem como cobrar só valor baixo. Querer ter Arrascaeta, Gabigol, todo nosso time, e cobrar (valor baixo). Eu entendo a torcida reclamar. Mas, assim, não dá. Se tiver um estádio de 100 mil, 120 mil pessoas, dá para ter um espaço mais popular. Dá para ter — disse Dunshee.
Fonte: O GLOBO
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