Quatro pessoas culpam a empresa pelo uso de matéria prima cancerígena em produto
A farmacêutica alemã Bayer enfrentou mais uma derrota em um processo sobre propriedades cancerígenas no herbicida Roundup, à base de glifosato, nos Estados Unidos. Na última sexta-feira, um tribunal no estado norte-americano do Missouri determinou que o conglomerado deverá desembolsar um total de R$ 7,59 bilhões a quatro indivíduos.
Eles afirmam ter desenvolvido linfoma não Hodgkin, devido ao uso do produto comercializado pela multinacional Monsanto, adquirida pela Bayer. Segundo o Deutsche Welle, a Bayer não concorda com a decisão e anunciou que vai recorrer da sentença.
— Diferentemente dos processos anteriores, os tribunais têm, nos casos recentes, permitido indevidamente que os demandantes apresentem de forma deturpada os fatos regulamentares e científicos —, alega a empresa.
No último mês de outubro, ainda segundo o DW, a Bayer enfrentou uma série de revezes judiciais. A empresa chegou a registrar três derrotas consecutivas, após ter saído vitoriosa em nove processos anteriores.
A multinacional sempre negou as alegações relacionadas ao glifosato. Para a DW, em comunicado, a Bayer afirmou que extensas pesquisas ao longo de décadas teriam comprovado a segurança do Roundup e de seu ingrediente ativo, o glifosato, para uso humano.
Apesar de amplamente utilizado na União Europeia e em diversas nações ao redor do mundo, o glifosato tem sido objeto de um acalorado debate científico quanto aos seus impactos na saúde e no meio ambiente.
Fonte: O GLOBO
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