Peça-chave para o acordo era Carles Puigdemont, líder do Junts e ex-presidente do governo regional da Catalunha, que receberá anistia
A peça-chave para o acordo era Carles Puigdemont, líder do Junts e ex-presidente do governo regional da Catalunha, que fugiu para a Bélgica em 2017 após o fracasso da tentativa de independência da região autônoma. Para apoiar Sánchez, o líder catalão impunha como condição central que o governo promovesse a anistia aos condenados por participar da tentativa de independência da Catalunha, em 2017, executada à revelia do governo central.
Com o pacto, ele será o principal beneficiado com a anistia, enquanto Sánchez terá maioria, com o apoio crucial do Junts, para formar um novo governo.
— Entramos numa fase sem precedentes que teremos de saber explorar — disse Puigdemont, em Bruxelas. — É uma forma de devolver à política o que é da política.
A negociação para o projeto de anistia dos independentistas catalães, no entanto, vinha causando uma rejeição da direita e da extrema direita espanhola, que acusam Sánchez de estar disposto a tudo para permanecer no poder.
Na véspera do acordo, cerca de 7 mil pessoas, convocadas pela ultradireira, tomaram as ruas de Madri. Os manifestantes atiraram latas de lixo e garrafas e empurraram barreiras improvisadas montadas pela polícia que respondeu com gás lacrimogêneo — o que não é comum na Espanha.
Nesta quinta-feira, os socialistas celebraram o pacto como uma “oportunidade histórica para resolver um conflito que só pode ser resolvido através da política”, disse Cerdán à imprensa, destacando que se trata de um acordo legislativo, “não de um acordo de investidura”.
— A lei da anistia está acordada. Agora os diferentes partidos políticos têm de ver isso — disse o porta-voz socialista.
Sánchez— que nos últimos anos demonstrou sua grande capacidade de sobrevivência política —, tinha três semanas para angariar votos no Parlamento para ser reintegrado como chefe do Executivo, após o fracasso do líder do Partido Popular (PP), de direita, Alberto Núñez Feijóo de formar um novo governo.
O premier cessante já tinha apoio da frente de esquerda Sumar, mas precisava dos partidos independentistas, dentre eles o Junts, que tem sete cadeiras no Parlamento.
Agora, falta confirmar um apoio para a recondução de Sánchez ao cargo: o do Partido Nacionalista Basco (PNV, na sigla em espanhol). Mas a negociação com o partido de Puigdemont era considerada a mais difícil do PSOE, uma vez que o Junts havia votado contra a investidura de Sánchez na legislatura anterior, ao contrário das outras formações, que votaram a favor ou se abstiveram.
Após o acordo, a presidente da Comunidade de Madri, Isabel Díaz Ayuso, acusou o Psoe de emitir “um cheque em branco” aos partidos independentistas para conseguir a investidura e apostou que “haverá um referendo de autodeterminação ”na região da Catalunha.
Fonte: O GLOBO
Nesta quinta-feira, os socialistas celebraram o pacto como uma “oportunidade histórica para resolver um conflito que só pode ser resolvido através da política”, disse Cerdán à imprensa, destacando que se trata de um acordo legislativo, “não de um acordo de investidura”.
— A lei da anistia está acordada. Agora os diferentes partidos políticos têm de ver isso — disse o porta-voz socialista.
Sánchez— que nos últimos anos demonstrou sua grande capacidade de sobrevivência política —, tinha três semanas para angariar votos no Parlamento para ser reintegrado como chefe do Executivo, após o fracasso do líder do Partido Popular (PP), de direita, Alberto Núñez Feijóo de formar um novo governo.
O premier cessante já tinha apoio da frente de esquerda Sumar, mas precisava dos partidos independentistas, dentre eles o Junts, que tem sete cadeiras no Parlamento.
Agora, falta confirmar um apoio para a recondução de Sánchez ao cargo: o do Partido Nacionalista Basco (PNV, na sigla em espanhol). Mas a negociação com o partido de Puigdemont era considerada a mais difícil do PSOE, uma vez que o Junts havia votado contra a investidura de Sánchez na legislatura anterior, ao contrário das outras formações, que votaram a favor ou se abstiveram.
Após o acordo, a presidente da Comunidade de Madri, Isabel Díaz Ayuso, acusou o Psoe de emitir “um cheque em branco” aos partidos independentistas para conseguir a investidura e apostou que “haverá um referendo de autodeterminação ”na região da Catalunha.
Fonte: O GLOBO
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