O Whakaari, situado em White Island, vinha mostrando sinais de agitação intensificada semanas antes de entrar em atividade
O Tribunal Distrital de Auckland, na Nova Zelândia, condenou a empresa proprietária do vulcão de White Island, que entrou em erupção no ano de 2019 e resultou na morte de 22 pessoas que visitavam a estrutura geológica. Conforme a decisão judicial, a Whakaari Management Limited (WML) foi considerada culpada por não “minimizar o risco” para as vítimas.
O juiz Evangelos Thomas considerou, no julgamento, que a empresa cometeu "falhas surpreendentes". A WML agora aguarda a sentença, que pode estipular uma multa de até US$ 928 mil (equivalente a R$ 4,6 milhões na cotação atual).
O vulcão, conhecido pelo nome maori de Whakaari, entrou em erupção no dia 9 de dezembro de 2019. Na ocasião, havia dezenas de turistas na ilha. Além dos mortos, outras 25 pessoas ficaram feridas, muitas delas com queimaduras graves.
O mais ativo da Nova Zelândia, o Whakaari vinha mostrando sinais de agitação intensificada semanas antes da erupção e se encontrava em alerta 2 (em uma escala de 5). Nessas circunstâncias, o vulcão apresenta atividade moderada.
De acordo com o magistrado, a WML não tomou as medidas necessárias para evitar "expor qualquer pessoa ao risco de morte ou ferimentos graves". "Não deveria ser surpresa que o Whakaari pudesse entrar em erupção a qualquer momento e sem aviso prévio", acrescentou o juiz.
A WML pertence aos irmãos James, Andrew e Peter Buttle. Eles herdaram o vulcão e licenciaram outras empresas para realizar passeios no local. Outras três companhias foram acusadas pelo desastre e também condenadas pela Justiça da Nova Zelândia.
Fonte: O GLOBO
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