Ana Moser estava em outra agenda, dentro do próprio ministério, e não conseguiu desmarcar. Por isso, não encontrou o sucessor
Confirmado como novo ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA) "levou um bolo" da ex-jogadora de vôlei Ana Moser, de quem assumirá o lugar, em uma reunião sobre a transição do cargo. De acordo com Fufuca, o contato para uma reunião na manhã desta terça-feira foi feito pela diretoria do Ministério.
Segundo o novo ministro, a sugestão da data e horário teria sido feita pela ministra via auxiliares, com a promessa de que Ana Moser participaria da conversa. Fufuca esperava falar com a ministra para se inteirar sobre as políticas em curso na pasta e a estrutura que herdará. Ao chegar ao local, não encontrou a titular do cargo.
Fufuca foi recebido por integrantes do segundo escalão do Ministério. O novo ministro diz ainda não ter conversado com ela sobre a passagem de bastão. A posse está marcada para esta quarta-feira.
O GLOBO confirmou que houve "desencontro", mas o Ministério do Esporte não interpretou o episódio da mesma forma que Fufuca.
A pasta alega que seguiu orientação da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), comandada por Alexandre Padilha, para iniciar a transição e que marcou apenas uma visita do novo indicado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O convite partiu do próprio ministério, e não de Ana Moser. Fufuca foi recebido pelo chefe de gabinete, José Armando Fraga Diniz Guerra, e pela secretária-executiva de Esporte, Juliana Agatte. Ana Moser estava em outra agenda, dentro do próprio ministério.
Em entrevista ao GLOBO, Ana Moser afirmou que não deve ir na posse do novo ministro e tratou de políticas que poderão ser interrompidas com a troca de comando:
— A própria implantação do Sistema Nacional de Esporte que estávamos montando, a política que era algo novo (pode ser interrompida). Algo que não era da estrutura já do ministério. Algumas políticas não serão, com certeza, encaminhadas ou terão dificuldade de encaminhar, porque era algo que estava em construção — disse.
A indicação de Fufuca ao Ministério do Esporte atende a um pedido do PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), após uma articulação de mais dois meses com o Planalto para ampliar o espaço do Centrão no primeiro escalão no governo.
A substituição da medalhista olímpica por Fufuca gerou repercussão no mundo dos esportes. Nomes como Raí (futebol), Hortência Marcari (basquete), Thiagus Petrus (handebol) e Iziane (basquete) integraram o movimento “Ana Moser Fica” afirmando que a saída da ministra seria uma perda para o esporte “amplo e democrático”.
Além dos atletas, políticos da base de Lula também criticaram o presidente sobre a substituição de Ana Moser por André Fufuca.
O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que a mudança é um “gol contra” e definiu a ministra como uma “craque na articulação com Educação e Saúde”, afirmou. O repúdio movimentou até mesmo os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). O ex-assessor do ex-presidente, Fabio Wajngarten, afirmou que a demissão seria “injustificável”.
Fonte: O GLOBO
Fufuca foi recebido por integrantes do segundo escalão do Ministério. O novo ministro diz ainda não ter conversado com ela sobre a passagem de bastão. A posse está marcada para esta quarta-feira.
O GLOBO confirmou que houve "desencontro", mas o Ministério do Esporte não interpretou o episódio da mesma forma que Fufuca.
A pasta alega que seguiu orientação da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), comandada por Alexandre Padilha, para iniciar a transição e que marcou apenas uma visita do novo indicado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O convite partiu do próprio ministério, e não de Ana Moser. Fufuca foi recebido pelo chefe de gabinete, José Armando Fraga Diniz Guerra, e pela secretária-executiva de Esporte, Juliana Agatte. Ana Moser estava em outra agenda, dentro do próprio ministério.
Em entrevista ao GLOBO, Ana Moser afirmou que não deve ir na posse do novo ministro e tratou de políticas que poderão ser interrompidas com a troca de comando:
— A própria implantação do Sistema Nacional de Esporte que estávamos montando, a política que era algo novo (pode ser interrompida). Algo que não era da estrutura já do ministério. Algumas políticas não serão, com certeza, encaminhadas ou terão dificuldade de encaminhar, porque era algo que estava em construção — disse.
A indicação de Fufuca ao Ministério do Esporte atende a um pedido do PP, partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), após uma articulação de mais dois meses com o Planalto para ampliar o espaço do Centrão no primeiro escalão no governo.
A substituição da medalhista olímpica por Fufuca gerou repercussão no mundo dos esportes. Nomes como Raí (futebol), Hortência Marcari (basquete), Thiagus Petrus (handebol) e Iziane (basquete) integraram o movimento “Ana Moser Fica” afirmando que a saída da ministra seria uma perda para o esporte “amplo e democrático”.
Além dos atletas, políticos da base de Lula também criticaram o presidente sobre a substituição de Ana Moser por André Fufuca.
O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que a mudança é um “gol contra” e definiu a ministra como uma “craque na articulação com Educação e Saúde”, afirmou. O repúdio movimentou até mesmo os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). O ex-assessor do ex-presidente, Fabio Wajngarten, afirmou que a demissão seria “injustificável”.
Fonte: O GLOBO
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POLÍTICA