No que possível compra do Everton pela 777 Partners pode afetar o Vasco? Entenda

No que possível compra do Everton pela 777 Partners pode afetar o Vasco? Entenda

Segundo a imprensa da Inglaterra, empresa teria retomado conversas com o clube de Liverpool

A 777 Partners, dona do Vasco e de outros seis clubes, está perto de adicionar a oitava equipe a seu portfólio. A holding americana avança pela compra de ações do Everton, da Premier League, segundo o jornal inglês Daily Mail. O interesse pelo clube é antigo, mas voltou a ganhar força nos últimos dias.

O Everton seria o primeiro clube inglês e o sexto europeu na lista da 777. A empresa de Josh Wander e Steven Pasko tem ações majoritárias em Standard Liège (Bélgica), Red Star (França), Genoa (Itália), Hertha Berlin (Alemanha) e Melbourne Victory (Austrália). Além de minoritárias no Sevilla, da Espanha.

Josh Wander e Paulo Bracks com executivos da 777 em palestra ao elenco do Vasco — Foto: Daniel RAMALHO/VASCO

No cruz-maltino, a tendência é que o negócio tenha pouca influência direta no dia a dia. Até 2026, a 777 Partners tem obrigação contratual de completar o aporte de R$ 700 milhões acordado na compra de 70% das ações do clube. Ainda este mês, o clube recebe mais R$ 120 milhões.

A título de comparação, a 777 estaria mirando uma oferta de 600 milhões de libras (3,7 bilhões de reais) para adquirir o clube de Liverpool (segundo o Daily Mail), mais de cinco vezes os valores envolvidos no negócio com o Vasco.

Rede multi-clubes

No cenário macro, a empresa americana pode expandir sua rede multi-clubes, o que agregaria valor para o negócio e para o próprio Vasco, por consequência. Na chegada ao cruz-maltino, a ideia apresentada era que o clube fosse o flagship (principal produto) do grupo na América do Sul, o que vem sendo cumprido até o momento — é o único clube da empresa no continente, até aqui. 

Hoje, como está previsto em balanço, a empresa busca, por meio de seus investimentos, que o Vasco se torne sustentável nos próximos anos. Foram mais de R$ 100 milhões investidos em contratações para o futebol ao longo deste ano.

Diferente de outras SAFs brasileiras, o Vasco não tem feito intercâmbio de negócios com os demais clubes da rede da 777 Partners. As principais vendas da "era 777", Andrey, Eguinaldo e Pedro Raul, aconteceram para clubes de fora do grupo: Chelsea, Shakhtar Donetsk e Juarez-MEX, respectivamente. Empréstimos de jogadores entre o cruz-maltino e os coirmãos também não aconteceram até aqui.

Josh Wander é presidente do Conselho Administrativo do Vasco — Foto: Reprodução/VascoTV

O que os clubes do grupo compartilham é o comando. O Conselho Administrativo do Vasco hoje é presidido por Josh Wander e tem outros quatro representantes da empresa americana: Andres Blazquez, Steven Pasko, Don Dransfield e Nicolas Maya. O presidente Jorge Salgado e Roberto Duque Estrada representam a associação. O conselho se reúne periodicamente para debater e reavaliar planos e ações do cruz-maltino.

Wander, que também exerce forte influência no braço europeu do grupo, alcançou nova posição no futebol do continente recentemente. Na última quinta-feira, concorrendo via Standard Liège, foi eleito representante da subdivisão 2 da Associação de Clubes Europeus (ECA), órgão que representa os interesses dos clubes europeus. Atualmente, o ECA é presidido por Nasser Al-Khelaifi, mandatário do PSG.


Fonte: O GLOBO

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