Família já havia passado por outras inundações e, por isso, se mudou para lugar mais alto
Comunidades do sul do Brasil começaram neste sábado a enterrar as vítimas de um ciclone que deixou pelo menos 43 mortos, enquanto os seus moradores continuavam a descobrir a magnitude dos danos causados pela tempestade. No cemitério de Muçum, no Rio Grande do Sul, cidade mais enlutada com 16 mortes, o cenário era de muita tristeza.
Na cidade, o policial Fabiano Bolnr conta que perdeu tia, tio e primo. Ele disse que seu primo havia escapado, mas voltou para tentar salvar seus pais.
— Eles já tinham passado por várias inundações, até se mudaram para uma casa num local mais alto. Mas infelizmente as águas voltaram, e desta vez levaram-nos embora — disse à AFP.
As chuvas abundantes e os ventos fortes que atingiram a região desde segunda-feira arrancaram lajes de pedra que pesavam várias toneladas e desenterraram tumbas, que ficaram inundadas de lama. Uma mandíbula estava exposta no chão. Três pessoas da mesma família foram enterrados em meio à destruição.
Muçum foi a cidade mais atingida pelas enchentes e deslizamentos provocados pelo ciclone que deixou 42 mortos e 46 desaparecidos, no pior desastre natural da história do Rio Grande do Sul. Os familiares de nove dos falecidos tiveram que se deslocar à localidade vizinha de Vespasiano Correa para se despedirem deles, numa cerimônia emocionante no ginásio municipal.
— Achei que o pior já tinha passado, mas acho que este é realmente o pior momento, o momento da despedida e da despedida coletiva — disse à AFP o prefeito de Muçum, Mateus Trojan.
Orações do Papa
Na rua principal de Muçum, pilhas de tijolos vermelhos ou de madeira mal permitiam adivinhar as casas que ali existiam, enquanto o rio que a margeia, ainda alto mas sem transbordar, continuava a correr como lembrança da tragédia.
O acesso à cidade foi restrito, enquanto as autoridades continuavam os esforços de busca. Das 46 pessoas ainda desaparecidas, 30 eram de Muçum.
Outras partes pareciam um canteiro de obras, com homens em tratores ou com enxadas coletando detritos, e grupos principalmente de mulheres levando comida para voluntários e socorristas.
O Papa Francisco manifestou neste sábado a sua solidariedade às comunidades afetadas, segundo um telegrama em português proveniente do gabinete do Secretário de Estado do Vaticano.
O pontífice “oferece votos de descanso eterno às vítimas fatais, bem como orações pelas famílias desabrigadas, desejando que a reconstrução das localidades afetadas ocorra de forma rápida e eficaz”.
O ciclone, que afetou cerca de 150 mil pessoas em 88 localidades do Rio Grande do Sul, causou perdas econômicas de mais de R$ 1,3 bilhão de reais, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Fonte: O GLOBO
Comunidades do sul do Brasil começaram neste sábado a enterrar as vítimas de um ciclone que deixou pelo menos 43 mortos, enquanto os seus moradores continuavam a descobrir a magnitude dos danos causados pela tempestade. No cemitério de Muçum, no Rio Grande do Sul, cidade mais enlutada com 16 mortes, o cenário era de muita tristeza.
Na cidade, o policial Fabiano Bolnr conta que perdeu tia, tio e primo. Ele disse que seu primo havia escapado, mas voltou para tentar salvar seus pais.
— Eles já tinham passado por várias inundações, até se mudaram para uma casa num local mais alto. Mas infelizmente as águas voltaram, e desta vez levaram-nos embora — disse à AFP.
As chuvas abundantes e os ventos fortes que atingiram a região desde segunda-feira arrancaram lajes de pedra que pesavam várias toneladas e desenterraram tumbas, que ficaram inundadas de lama. Uma mandíbula estava exposta no chão. Três pessoas da mesma família foram enterrados em meio à destruição.
Muçum foi a cidade mais atingida pelas enchentes e deslizamentos provocados pelo ciclone que deixou 42 mortos e 46 desaparecidos, no pior desastre natural da história do Rio Grande do Sul. Os familiares de nove dos falecidos tiveram que se deslocar à localidade vizinha de Vespasiano Correa para se despedirem deles, numa cerimônia emocionante no ginásio municipal.
— Achei que o pior já tinha passado, mas acho que este é realmente o pior momento, o momento da despedida e da despedida coletiva — disse à AFP o prefeito de Muçum, Mateus Trojan.
Orações do Papa
Na rua principal de Muçum, pilhas de tijolos vermelhos ou de madeira mal permitiam adivinhar as casas que ali existiam, enquanto o rio que a margeia, ainda alto mas sem transbordar, continuava a correr como lembrança da tragédia.
O acesso à cidade foi restrito, enquanto as autoridades continuavam os esforços de busca. Das 46 pessoas ainda desaparecidas, 30 eram de Muçum.
Outras partes pareciam um canteiro de obras, com homens em tratores ou com enxadas coletando detritos, e grupos principalmente de mulheres levando comida para voluntários e socorristas.
O Papa Francisco manifestou neste sábado a sua solidariedade às comunidades afetadas, segundo um telegrama em português proveniente do gabinete do Secretário de Estado do Vaticano.
O pontífice “oferece votos de descanso eterno às vítimas fatais, bem como orações pelas famílias desabrigadas, desejando que a reconstrução das localidades afetadas ocorra de forma rápida e eficaz”.
O ciclone, que afetou cerca de 150 mil pessoas em 88 localidades do Rio Grande do Sul, causou perdas econômicas de mais de R$ 1,3 bilhão de reais, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Fonte: O GLOBO
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