Entenda como funcionava quadrilha que simulava acidentes com carros de luxo para receber seguro, no DF

Entenda como funcionava quadrilha que simulava acidentes com carros de luxo para receber seguro, no DF

Seis pessoas suspeitas de envolvimento foram presas pela Polícia Civil do Distrito Federal

Foram 12 acidentes simulados e 25 veículos de luxo destruídos pela organização criminosa acusada de forjar danos para receber indenização de seguradoras, no Distrito Federal. Seis pessoas suspeitas de envolvimento foram presas nesta segunda-feira, pela Polícia Civil do Distrito Federal.

Segundo as investigações, desde 2015, a organização simulou 12 acidentes, destruiu 25 veículos e recebeu cerca de R$ 2 milhões em indenizações. A ação batizada de “Operação Coiote” é a quinta operação da PCDF contra fraudes no recebimento de indenização de seguro de veículos. Os acidentes forjados ocorreram nas cidades de Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires e Brasília e envolveram carros de luxo das marcas Porsche, BMW, Audi, Volvo e Mercedes.

Segundo a polícia, a organização atuava da seguinte maneira:
  • Envolvidos adquiriam veículos importados usados de difícil comercialização, alguns avariados;
  • Os veículos eram consertados e eram contratados seguros, com valor de indenização correspondente a 100% da tabela Fipe, muito superior ao valor de aquisição e conserto dos carros;
  • Os investigados promoviam a colisão proposital dos veículos, que sofriam perda total.
  • Para driblar o mercado segurador e dificultar a descoberta de vínculos criminosos, os investigados se revezavam na condição de proprietário, contratante do seguro, condutor, terceiro envolvido no acidente e recebedor da indenização, às vezes via procuração;
  • Para dificultar a investigação, os investigados registravam as ocorrências dos acidentes na Delegacia Eletrônica, afastando questionamentos da polícia judiciária sobre o sinistro;
  • Por fim, operava-se o recebimento da indenização do seguro, baseada na tabela Fipe.
Entre os alvos da operação está um empresário de Taguatinga um ex-policial militar da PM do DF, que está licenciado da corporação por emitir 150 cheques sem fundo. Segundo a polícia, cabia à dupla adquirir os veículos, registrar as ocorrências e envolver parentes e amigos nos registros dos acidentes, contratação dos seguros e recebimento das indenizações.

A dupla contava com o apoio das esposas, uma delas advogada, que cediam os dados pessoais para o registro dos acidentes forjados, adquiriam veículos, contratavam apólices de seguro e recebiam indenizações, afirmou a polícia.

Os investigados, que não tiveram os nomes divulgados, podem receber penas entre três e oito anos de reclusão.


Fonte: O GLOBO

Postar um comentário

Please Select Embedded Mode To Show The Comment System.*

Postagem Anterior Próxima Postagem