País vive conflito constante desde que uma junta militar derrubou a líder civil Aung San Suu Kyi em 2021
Um ataque a bomba dentro de um complexo do governo matou cinco pessoas em Mianmar, no domingo. O atentado, na cidade de Myawaddy, na fronteira com a Tailândia, deixou onze policiais feridos. Entre os mortos há responsáveis pelo governo local e integrantes das forças de segurança.
A cidade de Myawaddy é palco frequente de confrontos entre o Exército e paramilitares contrários à junta militar que tomou o poder em um golpe, em 2021. No domingo à tarde, as primeiras duas bombas explodiram em um complexo que abriga a delegacia de polícia e o governo local, sem deixar feridos, de acordo com uma fonte militar ouvida pela AFP. A mesma fonte indicou que outros explosivos foram lançados enquanto as autoridades respondiam ao primeiro ataque.
Uma fonte da polícia local confirmou à AFP o número de vítimas, mas não deu detalhes sobre os possíveis responsáveis. A junta militar acusou as Forças de Defesa do Povo (PDF) e o Exército de Liberação Nacional Karen (KNLA), um grupo rebelde que luta contra as Forças Armadas do país há décadas.
A violência generalizada entre estes grupos paramilitares e o Exército desde o golpe de Estado já levou dezenas de milhares de pessoas a fugirem de Mianmar para a Tailândia. No fim do ano passado, a presidente civil deposta pelos militares, Aung San Suu Kyi, foi condenada a mais sete anos de prisão, elevando sua pena total para 33 anos de reclusão.
A dirigente afastada pelo golpe, que foi ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, se tornou uma figura controvertida internacionalmente ao ser acusada, posteriormente, de se tornar cúmplice dos militares na expulsão e no genocídio da minoria muçulmana rohingya. Foi ela a dirigente do país durante um breve período democrático, quando milhares de rohingyas fugiram para Bangladesh e relataram atrocidades praticadas pela repressão militar no país, uma situação classificada como limpeza étnica pela Onu.
Desde a queda da presidente civil, mais de 21 mil pessoas foram detidas segundo organizações locais, mergulhando o país em uma espiral de enfrentamentos entre militares e forças rebeldes de oposição. Pelo menos 170 jornalistas foram detidos desde o golpe, segundo a ONU.
Em julho, a junta militar decidiu prorrogar o estado de exceção que vigora no país por mais seis meses, adiando para janeiro as eleições que ocorreriam em agosto. A decisão foi tomada após uma explosão perto de um posto de controle da ponte Thanlwin, no sudeste do país, que matou uma pessoa e feriu outras 12. (Com AFP)
Fonte: O GLOBO
Uma fonte da polícia local confirmou à AFP o número de vítimas, mas não deu detalhes sobre os possíveis responsáveis. A junta militar acusou as Forças de Defesa do Povo (PDF) e o Exército de Liberação Nacional Karen (KNLA), um grupo rebelde que luta contra as Forças Armadas do país há décadas.
A violência generalizada entre estes grupos paramilitares e o Exército desde o golpe de Estado já levou dezenas de milhares de pessoas a fugirem de Mianmar para a Tailândia. No fim do ano passado, a presidente civil deposta pelos militares, Aung San Suu Kyi, foi condenada a mais sete anos de prisão, elevando sua pena total para 33 anos de reclusão.
A dirigente afastada pelo golpe, que foi ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, se tornou uma figura controvertida internacionalmente ao ser acusada, posteriormente, de se tornar cúmplice dos militares na expulsão e no genocídio da minoria muçulmana rohingya. Foi ela a dirigente do país durante um breve período democrático, quando milhares de rohingyas fugiram para Bangladesh e relataram atrocidades praticadas pela repressão militar no país, uma situação classificada como limpeza étnica pela Onu.
Desde a queda da presidente civil, mais de 21 mil pessoas foram detidas segundo organizações locais, mergulhando o país em uma espiral de enfrentamentos entre militares e forças rebeldes de oposição. Pelo menos 170 jornalistas foram detidos desde o golpe, segundo a ONU.
Em julho, a junta militar decidiu prorrogar o estado de exceção que vigora no país por mais seis meses, adiando para janeiro as eleições que ocorreriam em agosto. A decisão foi tomada após uma explosão perto de um posto de controle da ponte Thanlwin, no sudeste do país, que matou uma pessoa e feriu outras 12. (Com AFP)
Fonte: O GLOBO
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