Alzheimer: cientistas criam teste de sangue caseiro que pode detectar a doença; entenda

Alzheimer: cientistas criam teste de sangue caseiro que pode detectar a doença; entenda

Dispositivo capaz de analisar pequenas moléculas do sangue pode detectar Covid longa, alergias infantis e promete verificar menopausa, fertilidade e envelhecimento saudável até 2025

Pesquisadores da Universidade de Exeter criaram um dispositivo capaz de analisar pequenas moléculas do sangue para detectar problemas de saúde e doenças. Segundo eles, o dispositivo, que é semelhante ao teste de diabetes, com uma simples agulhada no dedo, pode ser capaz de identificar o Alzheimer.

O dispositivo mede os níveis de uma proteína chamada tau, que é notória por ser encontrada em grandes quantidades no cérebro de pacientes que sofrem com a demência. Estudos anteriores já demonstraram que medir os níveis de tau pode ajudar a prever o início e a progressão da doença, porém, estes testes atuais exigem exames cerebrais caros ou punções lombares invasivas.

A detecção precoce de sinais da doença pode significar que os pacientes poderão obter a ajuda de que precisam e fornecer garantias a amigos e familiares.

Atualmente, o sistema já pode identificar se alguém sofre de Covid longa inspecionando uma única gota de sangue. A equipe de cientistas espera ter um teste semelhante para alergias infantis pronto ainda em 2024 e usar o dispositivo para verificar a menopausa, a fertilidade e o envelhecimento saudável até 2025.

O teste, desenvolvido por uma empresa chamada Attomarker, requer apenas 10 microlitros de sangue — 3.000 vezes menos do que os 30 ml de sangue normalmente necessários para exames hospitalares de rotina. Ele funciona usando nanopartículas de ouro impressas em uma série de pontos sensores.

A amostra de sangue flui sobre a matriz e os pontos são iluminados por baixo. As nanopartículas de ouro dispersam a luz e esse padrão muda com base nos biomarcadores presentes no sangue, produzindo um resultado em apenas sete minutos.

Os testes são atualmente realizados em um instrumento de bancada, mas a equipe está em processo de desenvolvimento de um dispositivo portátil que possa ser usado em residências.

Outros usos potenciais incluem testes para sepse, saúde hepática, hepatite e diabetes.

Outro ponto positivo, segundo os especialistas, seria o baixo preço dos testes. O dispositivo, que a equipe está projetando para uso com um aplicativo de iPhone, custaria cerca de 300 euros, ou seja, em torno de R$1,5 mil reais. Os testes seriam vendidos por 10 a 15 euros — de R$50 a R$80 reais.

“Acho que precisamos prolongar a nossa qualidade de vida. Existem duas maneiras de morrer – desregulação, como o câncer, ou decrepidação à medida que envelhecemos. E de qualquer maneira você quer ter certeza de que terá o máximo de saúde até os 80 anos, antes que esses dois processos de morte assumam o controle. Quero maximizar o tempo com minha família”, disse Andrew Shaw, professor de química da Universidade de Exeter e CEO da Attomarker.


Fonte: O GLOBO

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