Paralluelo brilha de novo, Espanha vence a Suécia e conquista vaga inédita na final da Copa do Mundo

Paralluelo brilha de novo, Espanha vence a Suécia e conquista vaga inédita na final da Copa do Mundo

Jovem jogadora abriu o placar na decisão, que teve final emocionante com direito a empate e virada na marca dos 45 minutos do segundo tempo

Em partida com final eletrizante, a Espanha derrotou a Suécia na Copa do Mundo Feminina 2023 por 2 a 1 e chegou pela primeira vez à decisão do torneio. O melhor ataque entre as semifinalistas derrotou a melhor defesa, e a goleira Musovic terminou a partida sendo vazada duas vezes pela primeira vez no torneio. A Suécia, agora, amarga mais um "quase" e não consegue chegar à final do torneio pela segunda vez consecutiva.

Com o controle da posse de bola desde o início, a Espanha só conseguiu quebrar as linhas de defesa da Suécia no segundo tempo, quando o brilho da jovem promessa Salma Paralluelo, de 19 anos, foi decisivo mais uma vez. 

Ela abriu o placar e o caminho para a decisão na segunda etapa, enquanto Blomqvist igualou a partida já próximo dos 45 minutos da segunda etapa. Mas as espanholas não perderam tempo, e Carmona acertou belo chute de fora da área para levar a Fúria para a final, que será disputada com a vencedora entre Austrália e Inglaterra, disputada amanhã às 7h.

Em sua terceira participação no Mundial, esta foi a primeira vez que a Fúria avançou da fase de grupos, em campanha marcada por problemas de relacionamento com o treinador Jorge Vilda. Na comemoração da classificação, mais uma vez as jogadoras celebraram longe do treinador, que foi abraçado apenas por seus pares da comissão técnica — também alvo de insatisfação das atletas.

O jogo

O duelo entre o melhor ataque da competição, das espanholas, contra a melhor defesa, das suecas, começou com as duas equipes se estudando. Como já era o esperado e seguindo a tendência do que foi visto, a Espanha dominou na posse: ficou 52% com a bola, enquanto as adversárias seguraram por 31%, e 17% a bola ficou em disputa. Mas o número de finalizações deixou a desejar: foram três da Fúria contra apenas uma das rivais, e a melhor chance foi em chute de Fridolina Rolfo defendida por Cata Coll.

A bola aérea, principal jogada da Suécia e responsável por metade dos gols marcados na competição, não foi bem acionada, e o primeiro tempo terminou sem gols. Do lado da Espanha, a melhor do mundo, Alexia Putellas fez bela jogada invadindo a área perto da linha de fundo e passando a bola pelas pernas da zagueira x mas na sequência o corte foi realizado e não se transformou em chance.

Na volta do intervalo, a Suécia se armou de maneira mais ofensiva e adiantou a marcação. O resultado foi imediato, e a equipe passou a dominar a partida e criar chances, ainda esbarrando nas dificuldades do último passe. Jorge Vilda não demorou a mexer, e a entrada da jovem Paralluelo — que marcou o gol da classificação contra a Holanda na prorrogação — no lugar de Putellas trouxe novo ânimo para a Fúria, mas a partida ainda era controlada pelas suecas no reinício do duelo.

A Fúria chegaram muito perto de abrir o placar aos 25. Em bola recuperada por Paralluelo já na linha de fundo, ela cruzou para a área e encontrou Redondo na pequena área. Desequilibrada, a meia chutou para fora e caiu sem acreditar na chance que havia perdido, a melhor da partida até então.

Pouco depois, a Suécia deu o troco: em boa jogada de Kaneyrd pela direita, a lateral cruzou na área e encontrou Blackstenius em posição privilegiada de cara para Cata Coll. Mas ela subiu no tempo errado e não foi suficiente para cabecear, e a bola passou apenas de raspão e seguiu a trajetória até o corredor esquerdo, quando foi recuperada zaga adversária.

Na marca dos 35 minutos, a estrela de Paralluelo brilhou novamente. Hermoso dominou bem uma bola lançada de longa distância e levantou a cabeça para encontrar Bonmatí na área. A zagueira Andersson testou afastar o perigo, mas acabou ajeitando para Paralluelo na entrada da pequena área, que não teve dúvidas e mandou para o fundo das redes. A goleira Musovic nada pôde fazer e as espanholas comemoraram muito — sem cumprimentar o treinador Jorge Vilda, em imagem que já se tornou comum neste Mundial.

O treinador Gerhardsson agiu e tirou a volante Rubensson para a entrada da meia Hurtig. Em menos de um minuto, a mudança surtiu efeito, e ela tocou de cabeça para trás em cruzamento na área para Blomqvist, que chutou com muita categoria no ângulo da goleira espanhola. Mas o entusiasmo das suecas não durou muito: um minuto depois, Olga Carmona percebeu a goleira Musovic adiantada e mandou uma bomba de fora da área, que explodiu no travessão antes de quicar dentro do gol e recolocar a Espanha na vantagem.


Fonte: O GLOBO

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