Após o forte reajuste nos preços dos combustíveis pela Petrobras na semana passada, os analistas ouvidos todas as semanas pelo Boletim Focus, do Banco Central, subiram suas projeções para o IPCA de 2023, de 4,84%, na semana anterior, para 4,90%. A expectativa para 2024 se manteve em alta de 3,86%.
No primeiro aumento desde que Jean Paul Prates assumiu a presidência da empresa, e após um bom período de preços em descompasso com o mercado internacional, a estatal elevou a gasolina em 16,3% e o diesel em 25,8%.
No caso da gasolina, ainda resta uma defasagem de 8,4% em relação aos preços internacionais, segundo especialistas. Ou seja, se a cotação do petróleo subir mais lá fora, a estatal pode ter que realizar novos reajustes à frente.
Tudo vai depender de dois fatores.
Um deles é como os países produtores de petróleo lidarão com os estoques - a perspectiva é de cortes na produção, em meio à redução da demanda global. Isso poderia elevar os preços da commodity. Além disso, a China dá sinais de que seu crescimento econômico deste ano será bem mais modesto do que o imaginado, e que portanto pode demandar bem menos petróleo.
Fonte: O GLOBO
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