Jovem é presa na Argentina com 78 cápsulas de cocaína no corpo, e investigação descobre quadrilha de narcotraficantes

Jovem é presa na Argentina com 78 cápsulas de cocaína no corpo, e investigação descobre quadrilha de narcotraficantes

Segundo membro foi preso na Itália; ruptura da película e contato direto da droga com as vísceras representaria 'risco alto de morte';

A Polícia de Segurança Aeroportuária (PSA) e a Direção Geral de Alfândegas (DGA) prenderam, há 16 dias, uma jovem passageira que estava prestes a embarcar em um voo com destino à cidade de Barcelona, na Espanha. Identificada apenas pelas iniciais, A.S.F, de 20 anos, morava em Buenos Aires, na Argentina, e tinha 78 cápsulas de cocaína dentro de seu corpo quando foi pega.

Agora, o segundo membro da quadrilha de narcotraficantes foi capturado. Em Palermo, na Itália, um estudante universitário foi preso neste domingo, acusado de introduzir substâncias em seu corpo para realizar o tráfico de drogas. O suspeito detido, identificado apenas pelas iniciais C.M, tem 33 anos e estudava Ciências Econômicas. Ele se recusou a prestar depoimento ao ser interrogado.

A notícia da prisão de A.S.F. foi publicada no início deste mês, quando foram divulgadas as imagens capturadas pelo equipamento de raio-X Body Scan. Nelas, é possível ver que havia 78 cápsulas de cocaína dentro do corpo da jovem, que estava desempregada no momento da prisão. Ela foi internada em um hospital em Ezeiza, na Argentina, até conseguir expelir toda a substância.

Na ocasião, A.S.F estava em perigo: a ruptura de uma dessas cápsulas e o contato direto da droga com as vísceras poderiam representar um risco muito alto de morte. Depois disso, ela foi levada aos tribunais, onde se recusou a depor. Apesar disso, detetives da PSA conseguiram avançar na investigação. Ao analisar as imagens das câmeras de segurança do aeroporto, identificaram o carro em que ela estava.

Jovem é presa na Argentina com 78 cápsulas de cocaína no corpo — Foto: Reprodução

— A moça tinha chegado ao aeroporto em um carro que faz viagens por aplicativo. Conseguimos identificar o motorista do veículo, e ele foi chamado para depor como testemunha — relataram as fontes do caso.

Sob juramento de dizer a verdade, o motorista lembrou de onde havia começado a viagem que terminou no aeroporto internacional de Ezeiza. Embora não tenha conseguido especificar o prédio de onde a passageira havia saído, ele deu detalhes da área. Além disso, com informações obtidas no celular da “mula”, os detetives identificaram o prédio e apartamento onde C.M morava, e o juiz ordenou sua prisão.

O juiz decidiu soltar a “mula”. De acordo com fontes judiciais, o promotor Emilio Guerberoff e o juiz Marcelo Aguinsky entenderam que não havia riscos processuais de fuga ou obstrução da investigação. A jovem, então, teria ido para o sul do país, onde está na casa de um parente. A viagem que ela planejava fazer a Barcelona seria a sua primeira internacional.

Para isso, ela havia retirado o passaporte dias antes, detalhe que se mostrou crucial quando foi feito o “perfil de risco” entre os passageiros do voo IB2602, em julho. Quando os agentes da PSA e da DGA se aproximaram e começaram a interrogá-la, ela respondeu de maneira hesitante às perguntas deles dos funcionários da alfândega. Uma fonte da investigação disse que ela também agia de maneira “incoerente”.

— Ela não apenas respondeu de maneira hesitante, mas também de forma incoerente. Portanto, decidimos convocar duas testemunhas, e fizemos um controle corporal não invasivo usando um equipamento de raio-X. O operador observou uma imagem duvidosa em relação à possível presença de corpos estranhos no organismo — disse, destacando que este foi o começo da investigação que já tem dois acusados.


Fonte: O GLOBO

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