Isolado, Pedro pensa em sair, segue nos planos do Flamengo, mas futuro é incerto e depende de Sampaoli

Isolado, Pedro pensa em sair, segue nos planos do Flamengo, mas futuro é incerto e depende de Sampaoli

No momento a possibilidade de rescisão é remota e jogador deve seguir até o fim do ano ou aguardar propostas vantajosas para todos os lados

O soco que Pedro levou no rosto por parte do preparador físico Pablo Fernández precipitou uma situação que já se desenhava no Flamengo. Depois do episódio, o jogador ficou ainda mais isolado, faltou ao treino de ontem e complicou uma situação que caminhava para ser resolvida com a manutenção de Jorge Sampaoli no comando. O camisa 9 volta na atividade de hoje, mas é dúvida para o jogo de quinta-feira contra o Olimpia-PAR, pelas oitavas de final da Libertadores, e o restante da temporada.

A permanência de Pedro no clube é incerta e ele pensar em sair. O técnico ainda conta com o atacante, mas espera que ele se desculpe pela indisciplina de ter se recusado a aquecer no fim do jogo contra o Atlético-MG, o que motivou a agressão desproporcional. 

Pedro também está nos planos do Flamengo, ao menos até o fim da temporada, já que o clube descarta negociá-lo agora por qualquer valor. O jogador recebeu propostas boas, o clube não, e ele não poderia reforçar outro time brasileiro para disputa das competições em vigor. A janela de transferências que se fecha amanhã para chegadas aos clubes brasileiros segue aberta para saídas, e essa é uma possibilidade analisada por Pedro.

O jogador esteve com a diretoria e seus empresários ontem, depois de alegar que não se sentiu confortável para ir ao treino, justificando que sentia dores no rosto atingido por Pablo Fernández. Após a falta, o atacante indicou que se apresentaria no Ninho do Urubu para fazer os trabalhos do dia e não foi. O Flamengo deixou à disposição profissionais na parte da tarde, no aguardo de Pedro. Seus agentes foram ao local e depois o vice de futebol Marcos Braz esteve com todos na casa do jogador.

O cenário de disputa jurídica se desenha. Há legislação esportiva e penal que dá sustentação para eventual pedido de rescisão. O Flamengo está atento e se respalda, mas não acredita que Pedro seguirá esse caminho. Pelo lado do jogador, a posição é que tudo pode acontecer, uma vez que o clima é quase insustentável para seguir trabalhando com Sampaoli. Dos 27 jogos desde a chegada do argentino, Pedro esteve em 23. Foi titular em 14 e em quatro não atuou por lesão. Em apenas três não saiu do banco.

A inesperada falta de Pedro na reapresentação do Flamengo pode lhe render uma punição ainda mais dura e azedar o clima. O clube avalia aumentar a multa que será aplicada ao jogador por mais uma caso de indisciplina. A diretoria entende que Pedro desrespeitou uma ordem ao não aquecer para entrar contra o Atlético-MG. 

Em seguida, Pedro se ausentou da atividade pela manhã no Ninho do Urubu sem se justificar. O Flamengo já estava convicto de que o jogador havia cometido um ato passível de punição, ainda que o separe totalmente do episódio da agressão posterior. Agora, Pedro seria reincidente na indisciplina.

Sampaoli tem respaldo maior

Na ausência de Pedro, o técnico Jorge Sampaoli reuniu o elenco na reapresentação e pediu união em busca dos objetivos da temporada. Os jogadores se manifestaram pela continuidade do trabalho, e repudiaram a agressão.

Por outro lado, muitos entendem que Pedro poderia ter conduzido a situação de outra forma. E que antes mesmo do episódio, já tem apresentado um comportamento no dia a dia de quem não está mais à vontade no clube e com a comissão técnica. Os relatos dão conta de uma acomodação nos treinos em função da suposta falta de oportunidades como titular.

Por sua vez, o elenco de forma geral se mostra satisfeito com a metodologia de Sampaoli, salvo alguns casos semelhantes ao de Pedro, de atletas com poucas chances e que tiveram queda de rendimento. Para a diretoria, interromper o trabalho neste momento da temporada seria um tiro no pé. 

Portanto, entre Sampaoli e Pedro, o técnico teve um maior respaldo por parte do departamento de futebol, enquanto o jogador recebeu auxílio para dar andamento de forma legal ao que julgava necessário após a agressão. O fato de se ausentar do treino foi visto como algo desnecessário por todos no clube que querem por fim à crise. E não é possível dizer que ela chegou ao fim ainda.

No mercado alheio à crise, o Flamengo tenta a última cartada pelo volante Wendel. O Rubro-Negro subiu a proposta para 16,8 milhões de euros (R$ 87 milhões), mas vê os russos irredutíveis com a pedida de 18 milhões de euros (R$ 93 milhões). O Zenit ainda sugeriu ter Pedro em troca, em vão.


Fonte: O GLOBO

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