Ex-agente publicitária de Kanye West é denunciada em processo sobre Trump e eleições na Geórgia

Ex-agente publicitária de Kanye West é denunciada em processo sobre Trump e eleições na Geórgia

Ex-presidente e seus aliados são acusados de tentar reverter o resultado do pleito de 2020 no estado

Muitas das pessoas denunciadas na investigação se o ex-presidente americano Donald Trump e aliados se intrometeram ilegalmente nas eleições de 2020 na Geórgia são nomes familiares no mundo da política federal. Mas outra, Trevian Kutti, é mais conhecida por seu trabalho nas indústrias de cannabis e do entretenimento. Ela é ex-agente publicitária de rappers como Ye, anteriormente conhecido como Kanye West, e R. Kelly.

Kutti apareceu na casa de uma trabalhadora eleitoral do condado de Fulton, Ruby Freeman, em janeiro de 2021, depois que teorias da conspiração sobre a conduta dela na votação viralizaram na internet.

Kutti alegou estar trabalhando para "alguns dos maiores nomes da indústria", e as duas acabaram por se reunir em uma delegacia de polícia. No local, Kutti compartilhou um alerta de que um evento futuro iria acontecer e "interromper a liberdade" dela. 

A gente publicitária teria se oferecido para ajudar Freeman ao ir até a casa dela e se apresentar como uma "gerenciadora de crise". No entanto, a mulher disse à agência Reuters que a agente publicitária, na verdade, repetidamente tentou convencê-la a dizer que havia cometido uma fraude eleitoral.

Um vídeo obtido pelo site TMZ mostra Kutti pressionando a mulher a dizer que havia adulterado cédulas, alegação que se comprovou falsa.

Além de seu trabalho como publicitária, a Sra. Kutti também fez lobby em nome de empresas de cannabis em Illinois e administrou uma loja de moda de luxo. Ela se tornou uma fervorosa defensora de Trump nos últimos anos. Ye se encontrou com Trump no passado e também expressou seu apoio a ele.

Os promotores disseram que o encontro de Trevian Kutti com Ruby Freeman foi parte de um complô para fazê-la confessar falsamente a fraude eleitoral, e os registros do tribunal mostram que um grande júri especial buscou o depoimento de Kutti.

Ela foi acusada formalmente de três crimes, segundo o TMZ, incluindo violação da Lei de Organizações Influenciadas e Corruptas (ou Rico, na sigla em inglês) — originalmente projetada para desmantelar grupos do crime organizado como a máfia, mas ao longo dos anos usada também para processar outros crimes, desde esquemas de fraude e peculato até casos de corrupção pública. Uma condenação com base no estatuto Rico tem uma sentença mínima obrigatória de cinco anos de prisão.

Um porta-voz de Ye afirmou que Kutti não estava trabalhando para ele no momento em que se encontrou com Ruby Freeman. Trevian Kutti não se manifestou sobre a acusação, mas, nas redes sociais, insinuou que os processos contra Trump são um "esforço global" contra ele.

"Você não precisa gostar dele. Você pode até odiá-lo. No entanto, você não pode negar os esforços globais em massa para destruí-lo. Antes de Russiagate, J6 e Georgia, eles fizeram você odiar esse homem. Agora, pergunte-se por quê", afirmou ele, em postagem recente no X/Twitter.


Fonte: O GLOBO

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