'Brasil deveria estar celebrando queda dos juros', diz presidente da CVM

'Brasil deveria estar celebrando queda dos juros', diz presidente da CVM

João Pedro Nascimento foi aplaudido ao citar “momento de otimismo” para a economia brasileira durante evento em São Paulo nesta quinta-feira

O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Pedro Nascimento, disse a redução da taxa básica de juros, de 0,5 ponto percentual, deveria ser motivo de “celebração” para o país. Em um evento em São Paulo, nesta quinta-feira, Nascimento foi aplaudido ao citar “momento de otimismo” para a economia brasileira.

— O Brasil deveria hoje estar celebrando uma data especial com a redução da taxa Selic. Deveríamos estar comemorando esse momento de otimismo que estamos enxergando para a agenda econômica do país - afirmou o presidente da CVM.

Depois de três anos, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic pela primeira vez, para o patamar de 13,25%. A perspectiva de juros mais baixos ajuda a impulsionar os investimentos no mercado de capitais, que é regulado pela CVM

João Pedro comentava sobre o novo marco regulatório dos fundos de investimento, que entra em vigor em outubro deste ano, quando pediu “licença” para comentar sobre a redução dos juros pelo Banco Central.

— É um dia de celebração. O Brasil deveria estar olhando para o país com reverência a nossa força, nossa capacidade de seguir adiante, de contornar intempéries e mostrar que o país está forte. Agora a gente vai observar um momento de crescimento econômico com inclusão social, por meio do mercado de capitais — acrescentou João Pedro.

Em São Paulo, o presidente da CVM participa de evento na Grant Thornton, uma das maiores auditorias do mundo, para tratar da Resolução 175, que traz inovações para regulação dos fundos de investimento no Brasil, como limitação da responsabilidade de cada cotista ao valor das cotas subscritas.

— Em outubro entra em vigor o novo marco regulatório dos fundos de investimento já encontrando um país, estável, forte e resiliente, que olha para sua taxa de juros em queda, que olha a melhora da classificação de risco do país pelas agências. Nos temos aqui um momento de muita elevação da agenda econômica — acrescentou João Pedro.

Ao lado do presidente da CVM, Gilson Finkelsztain, presidente da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), também comemorou o início do ciclo de cortes pelo BC. Ele afirmou que, agora, “basta fazer o básico” na agenda econômica para o momento de redução da Selic continuar acontecendo.

Ao lado de Pedro Rudge, vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), Gilson lembrou que a redução dos juros leva a um deslocamento dos investimentos de renda fixa para classes diversificadas, o que ajuda o mercado.

João Pedro indicou que tem a meta de terminar seu mandato com 10 milhões de investidores brasileiros “e cada vez mais participantes no mercado”. Em junho, a B3 registrava 5,3 milhões de investidores individuais no mercado.


Fonte: O GLOBO

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